ONU alerta para aquecimento global sem precedentes até 2029
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Relatório da OMM alerta para aquecimento sem precedentes e riscos climáticos crescentes no planeta ler
O mundo está cada vez mais próximo de ultrapassar a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris: limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (28) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), há 70% de chance de essa marca ser superada em pelo menos um dos anos entre 2025 e 2029. O documento, baseado em previsões de 10 centros internacionais de climatologia, destaca que o planeta caminha para um patamar sem precedentes de aquecimento, após registrar os anos mais quentes da história em 2023 e 2024.
O limite de 1,5°C foi definido como um dos objetivos centrais do Acordo de Paris, assinado em 2015 por quase 200 países. Porém, com as emissões de CO₂ ainda em alta em diversas regiões, climatologistas consideram cada vez mais improvável a permanência abaixo desse limiar. Para Peter Thorne, climatologista da Universidade de Maynooth, na Irlanda, os dados estão “totalmente de acordo com o fato de que estamos perto de superar 1,5°C a longo prazo no final da década de 2020 ou início da década de 2030”.
De acordo com Ko Barrett, secretária-geral adjunta da OMM, “acabamos de viver os 10 anos mais quentes já registrados”. A tendência não deve se reverter tão cedo, o que eleva os riscos climáticos em todo o mundo. O aquecimento global é medido em relação ao período entre 1850 e 1900, antes da industrialização em larga escala. A queima intensiva de carvão, petróleo e gás tem liberado grandes volumes de dióxido de carbono na atmosfera, principal responsável pela intensificação do efeito estufa e da mudança climática.
Aquecimento médio já se aproxima de 1,5°C
A OMM utiliza uma metodologia que combina dados dos últimos dez anos com projeções para a próxima década, chegando a uma média de 1,44°C entre 2015 e 2034. O observatório europeu Copernicus, por sua vez, calcula 1,39°C. Embora existam pequenas divergências entre os centros de análise, os números convergem para um cenário de aquecimento contínuo e preocupante.
Embora extremamente improvável, existe uma chance – estimada em 1% – de que pelo menos um dos próximos cinco anos supere 2°C de aquecimento global, segundo a OMM. “É a primeira vez que vemos isso em nossas previsões”, afirmou Adam Scaife, do Serviço Meteorológico do Reino Unido. O especialista lembrou que, uma década atrás, a possibilidade de superar 1,5°C também era considerada remota. Em 2024, esse marco foi atingido pela primeira vez, reforçando a imprevisibilidade do comportamento climático.
Os efeitos da elevação das temperaturas médias já são sentidos em várias partes do mundo. Na última semana, a China enfrentou temperaturas acima dos 40°C, os Emirados Árabes Unidos atingiram quase 52°C e o Paquistão sofreu com ventos após uma intensa onda de calor. Friederike Otto, cientista do Imperial College de Londres, alertou: “Já atingimos um nível perigoso de aquecimento global”, citando desastres recentes como enchentes na Austrália, Argélia, França, Índia, China e Gana, além dos incêndios florestais no Canadá. Para o estudioso, a continuidade da dependência de combustíveis fósseis em 2025 é uma “loucura absoluta”. Especialistas defendem uma transição urgente para fontes de energia renovável, com corte imediato das emissões de gases de efeito estufa.
Revisão: Ester Laís Costa Aquino
Reprodução imagem: Noah Seelam/AFP/VEJA