ONG Coletivo Arco-Íris: Representatividade da Comunidade LGBTQI+ em Marília
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Diálogo sobre desafios, conquistas resistência, arte e respeito na cultura local. ler
O jornal Marília do Bem teve a oportunidade de conversar com Vinícius, docente de arte e filosofia há 11 anos na rede estadual, e que atua como a persona drag queen Sahara Montilla há seis anos. Vinícius é cofundador do Coletivo Arco-Íris, ONG que atua na defesa e promoção dos direitos da comunidade LGBTQIA + na cidade de Marília. Através desta entrevista, pudemos obter um panorama das diversas ações, desafios e conquistas dessa importante organização, que há mais de seis anos trabalha para combater a LGBTfobia, fortalecer a cultura e o respeito à diversidade na região.
“Quando se fala de um evento LGBT, precisamos do dobro de ação, porque existem vários empecilhos que são criados na sociedade por meio do preconceito.”
O Coletivo Arco- Íris surgiu há cerca de sete anos como uma ONG, idealizada a partir da percepção de que, mesmo sendo uma das maiores cidades da região, Marília não tinha um grupo que atuasse em representação da comunidade, portanto havia uma escassez de ações voltadas para as causas LGBTQ+ na cidade. O coletivo iniciou utilizando espaços, com o apoio das esferas públicas a fim de fomentar a visibilidade e respeito à comunidade LGBTQIAP+ da região.
“A ONG é movida por pessoas que queiram fazer essa conscientização, a dificuldade maior é ter mais pessoas ativas na ONG que queiram trabalhar e se dispor a ajudar na organização das ações, porque tudo é voluntário.”
Assim, os eventos realizados pelo Coletivo visam aliados e a comunidade LGBTQIA + de Marília, agindo como espaços de conscientização, celebração e arrecadação de fundos para manter as atividades do Coletivo. Mesmo que o fundador, Jefferson, não esteja mais atuando na ONG, as ações iniciadas por ele seguem sendo realizadas.
Os eventos anuais promovidos pela ONG se tornam contínuos a partir do segundo semestre. O calendário de eventos do coletivo no primeiro semestre deste ano contou com o Bingo da Diversidade no dia 15 de junho, evento que incluiu o tradicional bingo, intercalado com apresentações artísticas das Drags. Permitindo, dessa forma, que exista o contato das Drags com o público no período diurno, em um espaço artístico tranquilo.
Em janeiro, ocorre o Mês da Visibilidade Trans, com ações de conscientização especialmente sobre a letra T da sigla. No ano de 2019 foi realizada a apresentação do documentário “TransVIVER” , que promoveu união para a comunidade, entrevistando pessoas trans e travestis de Marília, população comumente marginalizada pela sociedade.
Segundo Vinícius, os eventos promovidos pela ONG;
“Tem a proposta de combater a LGBTfobia, principalmente auxiliando a toda comunidade ao promover festas, eventos e também ações sociais que possam colaborar cada vez mais com o fomento da informação e trabalhar a diversidade na sociedade mariliense e região.”
Seguindo para o calendário de eventos no segundo semestre de 2025, encontramos diversas atividades que contribuirão para o fomento de ações culturais na cidade;
- Duelo de Lip Sync: 26 de julho, competição musical de Lip Sync entre as drag queens inscritas, a competição possui várias fases, concorrendo a uma vaga para se apresentar no palco principal da Parada da Diversidade, importante evento para a comunidade LGBT de Marília.
- Miss Diversidade: A sexta edição deste evento será no dia 15 de agosto. Este evento elege a nova corte LGBT de Marília. Conta com as categorias de Miss Gay, Mister gay, Miss Trans, Mister Trans e Miss Lésbica.
- Prêmio da Diversidade: Dia 29 de setembro, noite de premiação aos colaboradores e patrocinadores que confiam e auxiliam o trabalho da ONG durante o ano.
- Parada da Diversidade: Será dia 21 de setembro, conta com ato político em frente a prefeitura da cidade, uma festa que se inicia na Avenida Sampaio Vidal Avenida e segue com trio elétrico até a Avenida das Indústrias. A parada ocorre durante todo o domingo, contando com passeata na avenida principal, ato político em frente da prefeitura, shows com palco montado ao final da passeata e apresentação da vencedora do Duelo de Lip Sync.
Os eventos contam com boa participação e aderência do público, a Parada da Diversidade, já contou com cerca de 15 mil pessoas, e atualmente possui em média uma expectativa de 6 mil participantes.
“Já conseguimos lotar o Teatro Municipal e teve até 15 mil pessoas na parada antes da pandemia. Isso mostra a aderência da comunidade.”
Todas as ações da ONG dependem da prefeitura, arrecadações em eventos e doações de terceiros. A pedidos da nova prefeitura de Marília, a Parada da Diversidade, que ocorre normalmente em dezembro foi adiantada para setembro de 2025, a fim de obter maior visibilidade e público. Segundo nosso entrevistado, na região, contamos as cidades Bauru,Tupã, Ourinhos, Lins, Cafelândia, que possuem próprios coletivos, possibilitando uma sequência de eventos entre as cidades.
“A parada LGBT em Marília é um ato político importante que ocorre em espaços públicos, um direito básico que muitas cidades ainda não conseguem garantir.”
Cada cidade alcança diferentes níveis de apoio vindos da prefeitura, por vezes não podendo utilizar de espaços públicos como avenidas principais e teatros para a realização de seus eventos. A Secretaria da Cultura, segue como a maior rede de apoio na esfera pública, em Marília, mas, por outro lado, poucos representantes oficiais comparecem aos eventos.
“O Coletivo vive de donativos e patrocínios, é uma eterna dependência, pois um evento paga o próximo, que paga o próximo.”
Atualmente o coletivo lida com a falta de recursos financeiros para infraestrutura, como equipamentos de som e luz e cachê mínimo para os artistas. A base de voluntários na ONG se encontra reduzida, todos os participantes se dividem de forma a realizarem os trabalhos e driblar os empecilhos advindos de preconceitos. Tal cenário gera uma sobrecarga nos atuantes, que realizam todas as ações pelo amor à causa e à arte.
“A ONG Arco-Íris é mantida por pessoas voluntárias, que querem promover conscientização e respeito, não para benefício individual. Precisamos de mais pessoas para ajudar a sustentar o trabalho, que é complexo e envolve muitos desafios, especialmente por preconceito e falta de apoio oficial. Seguimos firmes na missão de evidenciar a comunidade e trabalhar pela diversidade.” afirma Vinicius.
Entre desafios como a falta de apoio institucional e a necessidade constante de engajamento, a ONG mantém firme seu compromisso de promover respeito, visibilidade e cultura por meio de eventos que dialogam diretamente com a população local. A força desse trabalho coletivo, pautado na diversidade e na resistência, reafirma a urgência de ampliar a participação social e o reconhecimento das causas LGBT, em um cenário onde cada conquista é fruto de muito esforço coletivo e solidariedade.
Revisão: Isabela Campanhã
Imagem: Redes Sociais