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O mundo de 1922, para além da Semana de Arte Moderna

O colunista Pedro Dallari fala das mudanças sociais e políticas na década de 1920 e que refletiram nos modernistas ler

24 de fevereiro de 2022 - 10:00

Este mês comemora-se o centenário da Semana de Arte Moderna, protagonizada por Mário e Oswald de Andrade. Mas como era o mundo naquela época? Para além da arte moderna, o que estava acontecendo naquele momento em termos de política, economia e sociedade? É sobre o ano mítico de 1922 que o professor Pedro Dallari fala em sua coluna desta semana.

“Enfocando a cultura, escultura, a literatura, a música, a Semana representou um momento de quebra dos modelos, de superação de uma arte classicista e elitista com a adoção do Modernismo. A Semana de 22 é um fenômeno brasileiro, com características próprias, mas é também a expressão de mudanças que ocorriam em um mundo saído da Primeira Guerra Mundial, que tinha acabado em 1918. O cenário a ser enfocado pela arte no mundo inteiro passou a ser outro: o mundo urbano e as cidades cresciam de tamanho, a presença da classe trabalhadora, as novas tecnologias, tensão e conflitos sociais e a preocupação com o futuro e sua idealização”, explica o colunista.

“O mundo da década de 1920 é justamente marcado por elementos que vão estar presentes na arte gerada na Semana de 22. O Tratado de Versalhes, que havia organizado o mundo pós-Primeira Guerra Mundial, havia criado a Liga das Nações e no corpo do tratado estavam arrolados os direitos trabalhistas, com uma nova realidade nas relações entre capital e trabalho. Isso, em grande parte, como decorrência do impacto gerado pela revolução russa de 1917”, afirma Dallari. “E é interessante lembrar que o Partido Comunista do Brasil foi criado justamente em 1922”, acrescenta ele.

Para Dallari, há vários outros aspectos relevantes nesse período. Um deles é o surgimento do Estado de Bem-Estar Social. “Em uma nova perspectiva global, há o advento, de forma mais organizada, da figura do Estado de Bem-Estar Social, ou seja, um Estado mais voltado a procurar e a propiciar serviços públicos para o conjunto da sociedade, de maneira a atenuar as tensões da sociedade urbanizada”, afirma Dallari.

“Um grande exemplo disso é a Constituição alemã de 1919, chamada de Weimar, que introduziu os chamados “direitos sociais” no Direito Constitucional. Embora no Brasil, de uma forma geral, isso só vá acontecer mais tarde, é interessante lembrar algo que pouca gente sabe: em 1922, no mesmo ano da Semana de Arte Moderna, foi criado no País o imposto de renda, que vai ser justamente a expressão de um Estado que procura adquirir mais recursos para atender às novas demandas que se colocavam”, relembra o colunista. “A Semana de 1922 é fruto da progressiva integração do Brasil num mundo que se globalizava e onde os direitos de cidadania começavam a se afirmar mais significativamente. Esse contexto global, portanto, é um elemento essencial para entender as mudanças na arte e, indo além, na sociedade brasileira”, conclui Dallari.

Fonte: Jornal da USP

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