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O lado B do populismo econômico

Discurso super liberal para consumidores e trabalhadores segue o slogan faça o que digo, mas não faça o que eu faço ler

07 de março de 2020 - 08:00

Combate à corrupção, privatização, desregulamentação, transferência do esforço de ajuste econômico para consumidores e trabalhadores. Todos esses temas fazem parte do discurso super liberal para a consolidação de vários governos mais conservadores ou de extrema direita. No entanto, na prática, o que se diz não é realizado.

Nos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil, o que se observa é que os governos, supostamente mais liberais, promovem a expansão dos gastos públicos, redução de impostos ou nem há a cobrança entre os mais ricos.

Em ano eleitoral os americanos contam com campanhas nas ruas e debates sobre os gastos do governo nas áreas das telecomunicações. Isto está ocasionando uma “guerra” comercial interna entre grandes empresas como Google, Facebook e Amazon, que disputam judicialmente os gastos públicos em torno de pirataria e de lobbys para influenciar onde o governo irá gastar bilhões de dólares para gerenciar a própria nuvem de dados.

O professor Gilson Schwartz comenta que “no Brasil o quadro não é diferente. Os mais radicais e mais liberais dizem que o liberalismo nunca ‘sentou praça’ no País. É possível observar mudanças no governo Bolsonaro no sentido de garantir que os gastos públicos vão para determinadas finalidades, como cortes de direitos sociais, corte de verbas nas universidades, programas de ciência e tecnologia. Por outro lado, deixam intactos os subsídios às empresa. A política de subsídios não foi desmontada e os gastos militares vêm aumentando”.

Fonte: A coluna Iconomia, com o professor Gilson Schwartz, vai ao ar toda segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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