O impacto da Covid-19 na cultura contemporânea foi fulminante
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O impacto da Covid-19 na cultura contemporânea foi fulminante
A colunista participa do projeto IMS Convida e discute o novo léxico do coronavírus e suas estéticas de vigilância ler
“O fechamento de museus, galerias, cinemas, teatros, cancelamento de feiras, suspensão de shows, colocaram os artistas em uma posição de vulnerabilidade muito grande”, afirma Giselle Beiguelman em sua coluna Ouvir Imagens na Rádio USP (clique e ouça o player acima). “Como já comentei em outras vezes, o impacto do coronavírus foi fulminante.”
Giselle Beiguelman, artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, destaca o movimento de algumas instituições na criação de espaços on-line, destinados a fomentar a produção neste momento de crise. “Uma dessas iniciativas é o IMS Convida, que reuniu os curadores de todas as áreas do Instituto Moreira Salles em uma plataforma, onde apresenta projetos comissionados de mais de 60 artistas de diferentes linguagens”, destaca. Entre os participantes estão Karim Ainouz, Allan Sieber, coletivos como a Rádio Diáspora, Aleta Valente e também Giselle Beiguelman.
“Fiz uma obra de net art que se chama Coronário. É um ensaio sobre a experiência cultural do coronavírus, atentando para seu impacto na linguagem e para a naturalização da vigilância no cotidiano”, explica a artista. “O ponto de partida do Coronário é um conjunto de 25 palavras popularizadas no contexto da covid-19, como álcool gel, home office e pandemia, para as quais oferece um pequeno glossário.”
A professora explica que um mapa de calor verifica dinamicamente a atenção do público às palavras listadas como componentes do léxico do coronavírus. “As mais acessadas pelo público mudam de cor, numa escala que varia do azul ao vermelho. Esses mapas de calor tornaram-se imagens recorrentes no contexto da covid-19 e podem ser interpretados como uma das imagens-chave do contexto pandêmico. Carregados de sentido, no âmbito das estéticas da vigilância, os mapas de calor não apenas monitoram a fisiologia do corpo no espaço, mas são usados também como uma ferramenta de rastreamento do comportamento do público diante de um site.”
Coronário, segundo ela, apropria-se do vocabulário visual do coronavírus para fazer um exercício crítico de vigilância ao vivo. “Com isso, dá ao público a oportunidade de ver um procedimento corriqueiro de monitoramento de seus modos de acessar a internet, geralmente invisível e ignorado. Ao mesmo tempo, o projeto discute o capital simbólico da atenção e o seu papel estruturante na economia do olhar que rege o mundo digital.”
Fonte: A coluna Ouvir Imagens, com a professora Gisele Beiguelman, vai ao ar toda segunda-feira às 8h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.