Ontem, o editorial do Marília do Bem (Ficar em casa é eficaz contra o coronavírus), a partir da experiência do combate à gripe espanhola em 1918, indicou que limitar o convívio social é uma medida eficiente para evitar a multiplicação do contágio pelo vírus Covid-19.

Apresentamos também um gráfico que demonstra que o distanciamento social como medida protetiva permite que as autoridades de saúde adequem sua capacidade de atendimento ao número de infectados ao longo dos próximos meses, garantindo assim atendimento eficaz aos doentes de coronavírus.

E terminamos chamando a atenção para o compromisso coletivo de cada um de nós, o compromisso ético de proteção de uns e outros na disseminação do vírus. Inclusive publicamos um PodCast explicando o dever ético em evitar a expansão da doença.

Ressaltamos também o papel dos líderes em multiplicar o dever ético de combate à doença. O presidente Bolsonaro, em Brasília, teve atitudes lamentáveis e irresponsáveis. E o prefeito Daniel Alonso, em Marília, parece ir pelo mesmo caminho.

Ao invés de reclusão, saíram às ruas dando mal exemplo. Devem receber nota zero em ética e civilidade na amenização e no combate ao Covid-19.

E o motivo é simples: cada pessoa infectada, em cinco dias, se manter o seu convívio social, transmite o vírus para mais duas pessoas e meia. Em trinta dias, estes indivíduos vão infectar 406 pessoas.

A diminuição da exposição social em 50% do tempo do primeiro infectado conduzirá à transmissão do vírus para 1,25 indivíduos. Em 30 dias, esse mesmo núcleo irá infectar 15 pessoas.

Já a diminuição da exposição social em 75%, gerará uma transmissão de 0,625 indivíduos. Em 30 dias, este mesmo grupo infectado, infectará somente 2,5 pessoas. A diferença é de absurdas 406 pessoas para apenas 2,5 pessoas em 30 dias somente com a adoção do distanciamento social.

Portanto, é importante repetir a pichação de uma parede do nosso Brasil: “FICA EM CASA MIZERAVE! COVID-19”.