Moscou rebate fala de Biden sobre “desastre” na Ucrânia
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Moscou rebate fala de Biden sobre “desastre” na Ucrânia
Kremlin diz que alerta do presidente dos EUA sobre consequências de uma invasão pode acirrar ainda mais as tensões ler
O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (20/01) que o aviso do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre possíveis consequências desastrosas para a Rússia não ajudam a reduzir as crescentes tensões em torno da Ucrânia e pode até desestabilizar ainda mais a situação ucraniana.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fez o comentário após Biden ter previsto na quarta-feira que uma intervenção na Ucrânia seria um “desastre” para Moscou, que pagaria caro por uma invasão em grande escala do país.
Um acúmulo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e uma retórica cada vez mais ameaçadora nas últimas semanas têm aumentado os receios no Ocidente de que Moscou possa usar força militar para tentar impedir uma potencial adesão da Ucrânia à Otan.
Moscou nega veementemente planos para invadir a Ucrânia, mas Putin ameaçou uma resposta “técnico-militar” caso o Ocidente não leve a sério um conjunto de exigências de segurança do Kremlin, incluindo um fim à expansão da aliança militar ocidental em direção a leste.
Questionado sobre os comentários de Biden, Peskov disse que a Rússia tem recebido avisos semelhantes há pelo menos um mês. “Acreditamos que eles não contribuem de forma alguma para aliviar a tensão que agora surge na Europa e, além disso, podem contribuir para a desestabilização da situação”.
As ameaças de sanções pelos Estados Unidos podem encorajar Kiev a tentar resolver militarmente este conflito com separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Já a porta-voz do Ministério do Exterior russo pediu o fim da “campanha anti-Rússia” de especulação sobre um ataque russo à Ucrânia. “O objetivo desta campanha é criar uma cortina de fumaça para preparar grandes provocações, inclusive de caráter militar, que podem ter consequências trágicas para a segurança regional e global”, afirmou a porta-voz da diplomacia russa, María Zakharova.
Ela ainda afirmou que “Pedimos aos países ocidentais que parem com a agressiva campanha de informação anti-Rússia, parem de militarizar a Ucrânia e arrastá-la para a Otan. Em vez disso, deve haver esforços diretos para encorajar o regime de Kiev a cumprir os Acordos de Minsk [para a paz em Donbass] e outras obrigações internacionais”.
*Com informações da Reuters e Efe.