Moro pede demissão do governo Bolsonaro por interferência política na PF
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
- Localização
-
-
Horário de Atendimento:
Moro pede demissão do governo Bolsonaro por interferência política na PF
- Localização
-
-
Horário de Atendimento:
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
- Localização
-
-
Horário de Atendimento:
- O agendamento se dará de acordo com a disponibilidade. Retornamos para confirmar.
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
- Localização
-
-
Horário de Atendimento:
Moro pede demissão do governo Bolsonaro por interferência política na PF
- Se preferir entre em contato com a gente.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
-
Horário de Atendimento:
Moro pede demissão do governo Bolsonaro por interferência política na PF
Em coletiva, Sergio Moro diz que presidente Jair Bolsonaro queria mexer na Polícia Federal para ter acesso a relatórios de inteligência ler
Sérgio Moro, agora ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro, pediu demissão do cargo hoje, 24 de abril.
Em comunicado oficial, em coletiva de imprensa no final da manhã, Moro realizou um balanço da sua gestão frente ao ministério. Primeiro, lembrou que foi juiz federal, que combateu a corrupção na Operação Lava Jato; que sempre teve uma militância sobre a autonomia da PF (Polícia Federal) em relação ao poder Executivo; e que nem nos governos petistas tal autonomia foi limitada.
Moro afirmou ainda que ao ser convidado para o cargo de ministro da Justiça obteve do presidente eleito Jair Bolsonaro que teria autonomia no cargo para combater à corrupção, os crimes violento e as organizações criminosas.
Ele apresentou um breve balanço dos avanços conquistados durante a sua gestão nestes três itens com apoio dos governos estaduais e municipais.
Disse ainda que o combinado era que ele tivesse autonomia na nomeação de assessores e cargos estratégicos na PF e em outros órgãos contra interferências políticas.
Reafirmou que parte do sucesso da sua passagem pelo governo estava no papel técnico cumprido pelo ex diretor geral da PF Valeixo. E que não havia uma causa para substituí-lo. Muito pelo contrário. Dessa maneira, ele não podia aceitar indicações políticas, pois
“Quando se começa a preencher cargos técnicos por questões políticas, o resultado não é bom”.
Até porque gera falta de credibilidade e desorganização da instituição na sua tarefa institucional.
Segundo Moro, para piorar a situação, na conversa com o presidente na quinta ele ressaltou também a importância de trocar superintendentes da PF em outros estados, tais como Rio de Janeiro e Pernambuco.
O ex-ministro lembrou ao presidente que seria interferência política na autonomia da PF. Bolsonaro confirmou que seria mesmo, inclusive que ele pretendia ter um “homem” da sua confiança na PF que pudesse trocar ideias sobre a condução de operações.
Diante da exposição, mesmo em um momento delicado, Moro decidiu-se pelo pedido de demissão. Comunicou ainda que espera seja escolhido um substituto de perfil técnico que não aceite interferências políticas na direção da PF. Até porque a base da instituição não aceitará esta submissão.
O ex ministro foi enfático ao afirmar que o presidente Jair Bolsonaro gostaria de ter um diretor geral que lhe permitisse acesso às informações privilegiadas de operações da PF.
Futuro?
Sérgio Moro afirmou que abandonou sua carreira de 22 anos como juiz federal para cumprir uma missão no país. Infelizmente, as condições para tal lhe foram retiradas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Afirmou que conhecia os riscos deste caminho sem volta. E que trabalhou muito na Operação Lava Jato e precisava descansar uns dias. Depois, vai procurar um novo emprego. Visto que
“Não enriqueci no serviço público”.
Por fim, Sérgio Moro anunciou que
“(…) independentemente de onde eu esteja, sempre vou estar à disposição do país para ajudar”.
O presidente Jair Bolsonaro acaba de construir seu principal opositor político nas próximas eleições, se resistir até lá.