Milhares de mulheres foram às ruas no Brasil e no mundo
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Cresce entre as mulheres a consciência de que as desigualdades, a violência de toda ordem e a privação de direitos precisam ser enfrentadas ler
A violência que provoca a morte, especialmente o feminicídio, e as questões relativas a estupro, abuso sexual e privação de direitos precisam ser enfrentadas. A celebração das mulheres no último domingo (8) mostrou que esse é um tema extremamente inflamado e importante no funcionamento da sociedade e tem uma repercussão muito grande sobre o regime de liberdade, que é próprio da democracia.
Dados e estatísticas do Fórum Nacional de Segurança Pública e do Núcleo de Estudos da Violência da USP mostram que a violência e a desigualdade predominam. Em 2019, houve 3.739 casos de homicídios dolosos de mulheres, uma pequena redução, de 14%, em relação a 2017/2018. Apesar disso, 1.314 casos são registros de feminicídios. Isso indica que, a cada 7 horas, em média, no Brasil uma mulher morre ou é assassinada.
O professor José Álvaro Moisés também aborda a questão da mulher na política, um tema diretamente ligado à qualidade da democracia. “Olhando os resultados da representação das mulheres no Congresso Nacional, em 2018, foram eleitas 77 mulheres para a Câmara dos Deputados, cerca de 15% do total de quem compõe a casa.” Esse resultado melhorou em relação a 2014, mas, no Brasil, a representação feminina na política ainda é baixa.
Fonte: A coluna A Qualidade da Democracia, com o professor José Álvaro Moisés, vai ao ar toda terça-feria às 8h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.