Nesta coluna, Alberto do Amaral fala sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, cujo objetivo, segundo ele, é a ampliação do comércio entre os países dos dois blocos, o que pressupõe uma eliminação de tarifas, no prazo de 15 anos, sobre 90% do comércio envolvendo os países formadores dos dois blocos. “Isto é muito importante, porque significará grandes vantagens para os europeus e grandes vantagens para os membros do Mercosul”, acrescenta.

O acordo acontece num momento de crescimento do protecionismo, o que é ainda mais significativo e cria um mercado com cerca de 780 milhões de consumidores, constituindo o maior acordo comercial do mundo. “Há perspectivas muito positivas com relação à ampliação das exportações e dos investimentos dos dois lados do Atlântico”, em que pesem algumas resistências a serem superadas, vindas principalmente da França, que teme por sua agricultura. O acordo ainda precisa do aval do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu.

Na sequência da coluna, Alberto do Amaral destaca os principais pontos a serem destacados, como os ganhos por parte de todos os setores econômicos: “São poucos os que serão afetados negativamente”. A indústria de vinhos, no caso específico do Mercosul, será um deles, assim como o setor farmacêutico e o de máquinas e equipamentos.

Entre os pontos positivos, destaca a exportação de veículos automotivos mais baratos para os consumidores brasileiros. “Haverá a possibilidade da exportação ampliada de chocolates, de bebidas, roupas. E, por parte do Mercosul, sem dúvida nenhuma haverá grandes ganhos em matéria agrícola”, abrangendo produtos como soja, etanol, carne bovina, frango, entre outros; o acordo também deverá beneficiar as empresas do Mercosul.

Fonte: Jornal da USP