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Melhora da economia depende, também, de estabilidade política

Para o colunista, a expectativa é de que a economia melhore no segundo semestre, mas o governo federal deve fazer a sua parte, evitar crises políticas entre os três Poderes e retomar as reformas administrativas ler

07 de julho de 2020 - 08:00

No início do primeiro semestre deste ano, a economia brasileira vinha num processo lento de recuperação depois de um período longo de crises. Mas a chegada da pandemia e o agravamento dos casos da covid-19 afetaram fortemente a economia, mais uma vez. Entretanto, dados econômicos do mês de junho, como arrecadação de tributos e consumo de óleo diesel, item importante no transporte de cargas, já mostram uma melhora em relação a abril e maio. Na coluna Reflexão Econômica desta semana, o professor Luciano Nakabashi fala sobre as expectativas para o cenário econômico no segundo semestre deste ano e para 2021. “Temos uma expectativa de que a economia brasileira comece a melhorar a partir do segundo semestre, mesmo estando no olho do furacão da pandemia.”

Para o professor, a pandemia deve se estabilizar tanto em relação aos contágios como de mortes. Mas alerta que deve haver também estabilidade política. “Seria muito importante ter um presidente como o das últimas semanas, mais contido, sensato e centrado no seu papel, ao invés de criar mais conflitos e problemas, e que estivesse liderando o País.”

Segundo Nakabashi, as medidas do Ministério da Economia de socorro às famílias mais vulneráveis, aos informais e às empresas reduziram os efeitos da pandemia na economia, mas o Executivo federal precisa mostrar que, apesar deste momento atípico de gastos, “é importante manter um orçamento equilibrado e retomar a agenda de reformas a partir do segundo semestre, com uma celeridade maior em relação a 2019”.

Nakabashi lembra que a reforma da Previdência foi importante, mas que outras são necessárias para aumentar a produtividade da economia e também para a contenção dos gastos nas três esferas de governo, sem esquecer do sustento das pessoas mais pobres e vulneráveis, principalmente das famílias que têm crianças. “Se essas medidas forem tomadas, um presidente bem centrado para reduzir os problemas políticos e entre os três Poderes, a retomada das reformas para o aumento da produtividade e a diminuição dos gastos vão ajudar bastante a economia a partir do segundo semestre e para 2021”, finaliza.

Fonte: A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar toda quarta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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