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MC Poze do Rodo é solto após decisão da Justiça

MC Poze do Rodo foi solto após decisão judicial que considerou sua prisão ilegal e desproporcional ler

03 de junho de 2025 - 08:00

Prisão de MC Poze: operação e acusações

Na manhã do dia 29 de maio, o cantor de funk Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi preso em casa, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação foi conduzida por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), sob acusação de apologia ao crime, envolvimento com o tráfico de drogas e suposta associação à facção Comando Vermelho.

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o artista realizava shows em áreas dominadas pela facção, com presença ostensiva de traficantes armados, e que suas músicas conteriam mensagens que incitariam a violência e enalteceriam o tráfico. A instituição afirmou ainda que as apresentações seriam utilizadas estrategicamente pela facção para movimentar recursos ilícitos.

Polêmica na abordagem e questionamentos sobre o processo

A forma como a prisão foi conduzida gerou críticas por parte da defesa do cantor e de diversos setores da sociedade civil. O advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, que representa MC Poze, classificou a prisão como uma perseguição baseada em estigmas sociais e raciais. Segundo ele, há uma tentativa sistemática de criminalização de manifestações artísticas periféricas, como o funk.

Durante a transferência para a Polinter, Poze declarou: “Isso é perseguição, mané. Cara de pau, isso aí é perseguição. É indício, mas não tem prova com nada”. O artista foi levado descalço, sem camisa e algemado, o que reforçou a percepção de tratamento desproporcional, posteriormente endossada pelo Judiciário.

Diante disso, o desembargador Peterson Barroso Simão, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu habeas corpus ao cantor, determinando sua soltura. Para o magistrado, não havia elementos suficientes que justificassem a prisão temporária. Ele apontou indícios de excessos na abordagem policial e criticou o que classificou como “exposição midiática desnecessária”.

“Registre-se que aqueles que levam fortuna do INSS contra idosos ficam tranquilos, e prende-se um jovem que trabalha cantando e ganhando seu pão de cada dia. Tais extremos não combinam”, escreveu Simão, em sua decisão. O magistrado também ressaltou que Poze já havia sido absolvido anteriormente em processos semelhantes.

Nesse cenário, o cantor deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento periódico à Justiça, proibição de manter contato com envolvidos na investigação e entrega do passaporte.

A declaração de vínculo com o CV e o sistema penitenciário

Portanto, um dos pontos mais polêmicos do caso foi a ficha de entrada de MC Poze no sistema penitenciário. Ao dar entrada no presídio Bangu 3, o cantor declarou pertencer ao Comando Vermelho, informação que consta em um campo obrigatório do formulário da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro. A declaração, porém, não equivale a uma confissão de culpa, e é utilizada unicamente para separar presos conforme afinidades com grupos e evitar conflitos internos.

Liberdade artística ou apologia ao crime?

Diante disso, o caso reacendeu um antigo debate no Brasil, juntamente com a recente autorização da lei anti-oruam: até onde vai a liberdade de expressão artística? A polícia argumenta que as letras de Poze extrapolam os limites constitucionais da liberdade ao incitarem o crime. Já artistas, juristas e defensores dos direitos humanos veem o movimento como parte de uma tentativa histórica de criminalizar expressões culturais das periferias — como já ocorreu com o samba e o rap.

“Essa narrativa que persegue determinado gênero musical é antiga. O samba já foi criminalizado. O funk agora enfrenta o mesmo processo”, afirmou o advogado de Poze. Outros artistas como Cabelinho, Orochi e Oruam também estariam sendo investigados pela DRE por suposta apologia ao tráfico.

 

Redator: Maísa Faria

Revisor: Karini Yumi

Reprodução de Imagem: Reprodução

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