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Internacional

Massacre de Nanquim

A tragédia silenciada da segunda Guerra Mundial ler

Ester Laís Costa Aquino
27 de abril de 2025 - 16:00

O interesse contemporâneo na cultura asiática, especialmente de países como China, Japão e Coreia do Sul, reflete-se na popularidade global de suas produções culturais, incluindo a música pop coreana (K-pop) e as séries de televisão e filmes. Contudo, apesar do crescente fascínio pelo “exótico” oriental, há um conhecimento limitado e superficial sobre a história e as complexidades sociopolíticas desses países. Este fenômeno de mercantilização cultural, impulsionado por plataformas de streaming como a Netflix, intensifica o contato com as manifestações culturais, mas frequentemente deixa de lado uma compreensão mais profunda e crítica das realidades históricas e contemporâneas. 

O Massacre de Nanquim, ocorrido durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, entre dezembro de 1937 e janeiro de 1938, permanece como um dos episódios mais trágicos e controversos da história moderna. Este evento, também conhecido como Estupro de Nanquim, envolveu a captura da então capital chinesa, Nanjing, pelas forças imperiais japonesas e a subsequente perpetração de atrocidades em larga escala contra a população civil e militar chinesa. Segundo relatos históricos, estima-se que até 300.000 pessoas, entre civis e soldados, foram massacradas, enquanto milhares de mulheres sofreram abusos sexuais, configurando um cenário de extrema violência e desumanidade

Durante a batalha da Segunda Guerra Mundial, na cidade de Nanquim, na China, ocupada pelos japoneses, cartazes foram espalhados por todos os cantos encorajando os civis chineses desarmados a retornarem às suas casas. Os soldados nos cartazes eram mostrados como gentis e generosos, com ilustrações deles abraçando crianças de civis e distribuindo alimentos aos necessitados. Os cartazes diziam: “Voltem para casa! Daremos comida a vocês! Confie em nós! Vamos salvá-los!” No entanto, quando esses milhares de cidadãos retornaram à cidade, o que os aguardava era uma tortura brutal. Alguns desses desavisados e indefesos foram cortados ou pregados em troncos de árvores e fatiados como carne. Ainda mais chocante, alguns foram borrifados com gasolina e baleados, enquanto outros foram forçados a sentar-se nus sobre brasas de fogões. Algumas vítimas foram atacadas com ácido até que a pele começasse a se corroer, e outras tiveram seus órgãos diretamente comidos pelos soldados japoneses. Como se isso não fosse horrível o suficiente, um número ainda maior de pessoas de Nanquim foram estupradas, enterradas vivas, mortas a tiros e tratado como cobaias para diversos experimentos. 

A mídia acompanhou e relatou esse evento como uma partida esportiva. Em 7 de dezembro, foi publicada uma reportagem intitulada “Sub-tenentes em corrida para derrubar 100 chineses em disputa acirrada”. A reportagem descreveu a competição como uma “partida amigável”, mantendo a contagem do número de mortes que cada lado fez para representar sua pontuação. Uma semana depois, o Japan Advertiser escreveu um relato chocante sob fotos dos dois, afirmando que não poderia determinar um vencedor porque ambos os competidores já haviam ultrapassado o limite de 100 pessoas. Mukai havia matado 106 pessoas, enquanto Noda matou 105. A reportagem afirmava que, como era impossível determinar quem matou 100 pessoas primeiro, os dois aumentariam a meta para 150. Mukai, que estava ligeiramente à frente, declarou. 

Wu Tien-Wei, professor emérito de história na Universidade do Sul de Illinois, estimou em seu artigo “Deixe o mundo inteiro saber sobre o massacre de Nanquim” que o número de mortos era de 340.000. Até mesmo os japoneses da época acreditavam que o número de mortos no massacre de Nanquim era superior a 300.000. Em 17 de janeiro de 1938, a inteligência americana interceptou e decifrou uma mensagem do ministro das Relações Exteriores japonês, Hirota Koki. A mensagem sozinha revelou que pelo menos 300.000 civis chineses foram brutalmente assassinados. Além dos 90.000 soldados chineses que foram massacrados, havia cerca de 500.000 civis em Nanquim naquela época. Se quase metade dos civis foi morta, o que aconteceu com a outra metade?Acontece que, apesar dessa trágica chacina, fora estabelecido o Comitê Internacional para a Zona de Segurança de Nanquim. Este grupo de mais de vinte gentis estudiosos tinha pouca experiência no trato com pessoas mal-intencionadas como gangsters, ladrões e assassinos. Apesar disso, eles bravamente se tornaram “policiais” protetores que desesperadamente buscaram manter 200.000 civis chineses a salvo de 50.000 soldados japoneses.

A historiografia oficial ocidental frequentemente marca o início da Segunda Guerra Mundial com a invasão da Polônia pela Alemanha em 1939. No entanto, operações militares significativas já ocorriam na Ásia desde 1937, quando a guerra sino-japonesa escalou. Jean-Louis Margolin (2015) sugere que a relativa obscuridade deste conflito no Ocidente deve-se a dois fatores principais: a falta de um consenso sobre a cronologia e nomenclatura do conflito, e a controvérsia sobre o número de vítimas e a natureza das atrocidades cometidas. A rendição do Japão em 1945 é amplamente vista como o fim do conflito sino-japonês, mas seu início é debatido, com alguns historiadores retrocedendo até a invasão da Manchúria em 1931.O Massacre de Nanquim exemplifica a discordância histórica entre Japão e China, especialmente no que diz respeito ao número de vítimas e à interpretação dos eventos. 

 

Revisor: Ana Rafaela Nascimento

Ester Laís Costa Aquino Ester Laís Costa Aquino é uma estudante de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (UNESP), onde ingressou em 2024. Ela é uma das integrantes da Geo, uma organização estudantil da UNESP que visa a democratização do ensino público, e faz parte da equipe da Secretaria Geral.Sua trajetória acadêmica inclui marcos como a participação no Huirsp (Harvard University International Relations Scholars Program), onde obteve uma bolsa integral, e no OxBright, programa da Universidade de Oxford, no qual publicou o artigo Economic Policy as a Tool for Promoting Peace no OxJournal. Ester também conquistou bolsas nos programas da Immerse Education, nas categorias de Liderança Feminina na universidade de Cambridge

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