A partir desta segunda-feira, inicia-se a era Fabián Bustos no Santos. O comandante terá exatos cinco dias de treinamentos com o grupo antes de estrear, contra a Ferroviária, em Araraquara, pela décima rodada do Paulistão.

E esse período não promete ser nada fácil para o argentino. Tendo a oportunidade de treinar uma equipe brasileira pela primeira vez, o treinador já terá que corrigir problemas recorrentes e preocupantes no Peixe.

A principal pendência é no meio de campo. Desde o início da temporada, os adversários vêm encontrando muita facilidade para achar espaços entre os zagueiros e os volantes alvinegros. Com liberdade, os rivais criam e chutam com muita frequência.

Não à toa, o Alvinegro Praiano é o clube que mais sofre finalizações no Paulistão. Ao todo, são 148, sendo 58 certas e 90 erradas. A efeito de comparação, o segundo no ranking é o Guarani, com 127.

Neste domingo, no empate de 2 a 2 com o Novorizontino, o time do interior desceu diversas vezes com superioridade numérica. O Santos contava apenas com João Paulo, Kaiky e Bauermann para tentar se salvar.

Em entrevista coletiva, o próprio auxiliar Marcelo Fernandes reconheceu a dificuldade dos anfitriões nessa transição defensiva.

“O meio de campo realmente vem sofrendo muito com essa transição, principalmente defensiva. A gente procura sempre deixar dois jogadores na frente da área para que a gente possa ter um um passe bom e possa municiar o Ricardo, que ainda não consegue fazer o box do box. Precisa de ajustes. O próprio Bustos vai chegar, vai ver e, com certeza, vai achar os jogadores necessários para cumprir essas funções e não levar tanto susto”, disse.

Bustos, portanto, já começa a sua trajetória com a pressão de pegar um time pressionado pelos maus resultados e pelas más atuações no Estadual. A tendência, no entanto, é que ele ainda precisa de um tempo para se acostumar com o futebol brasileiro e assim implemente as suas filosofias de jogo.