Na lista de 37 ministros empossados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo menos 6 deles são considerados potenciais candidatos à sua sucessão no Palácio do Planalto.

São eles: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT); as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB); seus colegas da Justiça, Flávio Dino (PSB), e da Educação, Camilo Santana (PT); além do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que acumula o comando do Ministério da Indústria e Comércio.

No início de seus dois governos anteriores, Lula já teve oito ministros apontados como presidenciáveis. Nenhum deles ganhou seu apoio.

O petista acabou optando por Dilma Rousseff, uma apagada ministra das Minas e Energia em 2003, transformada na poderosa chefe da Casa Civil a partir de junho de 2005. Dilma não constava de nenhuma das listas de ministros presidenciáveis do início do primeiro governo Lula.

Os nomes mais citados em 2003 eram: José Dirceu (Casa Civil), Tarso Genro (Desenvolvimento Econômico), Marina Silva (Meio Ambiente), Ciro Gomes (Integração Nacional) e Cristovam Buarque (Educação).

Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia em janeiro de 2004 e só virou presidenciável depois que deixou sua pasta, em julho de 2005, para se tornar governador de Pernambuco.

A equipe ministerial de 2007 já começou com Dilma como provável candidata de Lula.

Os outros nomes que eram considerados no páreo em 2007 nem chegaram a ser cogitados pelo presidente. Eram eles: Marta Suplicy (Turismo), Hélio Costa (Comunicações) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), além de Tarso Genro (Justiça), Marina Silva (Meio Ambiente) e Fernando Haddad, que assumira a pasta da Educação em julho de 2005.

Da mesma forma que naqueles dois governos, os políticos agora procuram adivinhar qual nome da atual equipe será ungido por Lula como seu candidato.

A disputa tende a se tornar tanto mais acirrada quanto melhor o atual governo se sair nas pesquisas. Hoje o nome mais citado nas mesas de apostas como o predileto de Lula é o de Fernando Haddad. Ex-prefeito de São Paulo, ele foi o candidato de Lula à Presidência em 2018.

A grande dúvida, no entanto, é se Lula irá apoiar algum deles ou se não irá ele mesmo ser candidato à sua sucessão em 2026. Afinal, se estiver bem nas pesquisas, o PT deverá insistir que tente a reeleição.

Lula tem 77 anos e terá 81 daqui a quatro anos. Embora já tenha dito que não pretende se reeleger, nada garante que não mude de ideia, se estiver bem de saúde.

Por outro lado, se Lula fizer um mau governo, dificilmente um de seus atuais ministros será seu sucessor. A não ser que rompa com o governo para sair candidato. É o que fizeram Ciro Gomes, Marina Silva e Cristovam Buarque. Mas também não deu muito certo para eles.

Fonte: UOL e Tales Faria