Lula e Alckmin terão palavra final sobre impasses em programa de governo
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Lula e Alckmin terão palavra final sobre impasses em programa de governo
Após mal-estar entre aliados, nova reunião será realizada neste sábado (11) ler
O ex-presidente Lula da Silva (PT) trouxe para si a responsabilidade sobre o texto final do programa de governo, em meio a um constrangimento entre os partidos coligados.
“A aprovação final do texto de diretrizes será de responsabilidade dos pré-candidatos Lula e Alckmin”, diz o texto da comissão organizadora do programa de governo.
A reunião desta manhã já estava programada para debater e incorporar propostas de aliados ao texto preliminar que foi encaminhado aos dirigentes de partidos.
Integrantes da comissão se queixaram, no entanto, de o documento ter sido encaminhado antes da inclusão de emendas propostas por representantes de partidos.
Sob comando do ex-ministro Aloizio Mercadante, o grupo é formado por dois representantes de cada um dos sete partidos da coligação (PT, PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV e Solidariedade).
Nesta manhã, as propostas foram debatidas. Um novo encontro será realizado no sábado (11). O documento final deve vir a público na segunda-feira (13).
Haverá ainda uma plataforma digital aberta ao público para apresentação de itens ao programa. Segundo Mercadante, já há uma “ampla convergência no conteúdo” do documento inicial e cada uma das legendas apresentou emendas e contribuições ao texto “também com ampla convergência”.
O PSB, por exemplo, apresentou emendas sobre segurança e economia criativa. O primeiro tema propõe a implementação de um Sistema Único de Segurança Pública e a valorização de seus profissionais, além de detalhar o que seria uma nova política sobre drogas.
“O atual modelo bélico de combate ao tráfico será substituído por estratégias de enfrentamento e desarticulação das organizações criminosas baseadas em conhecimento e informação, com o fortalecimento da investigação e da inteligência”, diz a emenda proposta pela legenda.
O PSB defende ainda que o documento aborde uma estratégia de economia criativa que agregue à ciência e tecnologia, por exemplo, os elementos da indústria cultural, da inteligência artificial e da biotecnologia.
O documento define os governos petistas como inovadores no combate à corrupção, reforça o papel do Estado na economia, enaltece o Bolsa Família e propõe a revogação do teto de gastos e da reforma trabalhista implementada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), além da revisão do regime fiscal.
Em um aceno aos setores mais conservadores da sociedade e potenciais aliados ao centro, a prévia do plano de governo suaviza propostas controversas já defendidas pelo próprio Lula e seus aliados.
Fonte: Folha de São Paulo