Kauan Galdino Florêncio Pereira, um jovem goleiro de 18 anos, foi baleado na cabeça após um desentendimento com um traficante durante um baile funk em Queimados, na Baixada Fluminense, na madrugada de 1º de janeiro de 2025. O incidente teria ocorrido após Kauan, acidentalmente, pisar no pé do criminoso.

O Incidente

Segundo divulgado pelo G1, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2025, Kauan participava de um baile funk na comunidade São Simão quando acidentalmente pisou no pé de um homem identificado como “Testa de Ferro”. 

Ele seria um dos gerentes do tráfico local, ligado ao Comando Vermelho. Após o incidente, o traficante teria exigido que o jovem se desculpasse imediatamente. 

Porém, nervoso com a situação, Kauan não teria reagido de forma rápida, o que teria irritado o criminoso. Em um ato de extrema violência, o traficante atirou duas vezes contra o jovem, acertando a cabeça dele.

Socorro e Estado de Saúde

Após o ataque, Kauan foi levado às pressas ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (Hospital da Posse). Ele permanece internado em estado gravíssimo no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em coma induzido. 

A equipe médica está realizando uma série de exames para avaliar a extensão dos danos, mas a situação ainda é delicada. 

O Sonho Interrompido

Kauan é descrito por seus familiares como um jovem cheio de vida e com grandes sonhos.

Segundo relato do pai ao G1, ele sonhava em se tornar goleiro profissional e também havia sido recentemente designado para integrar uma Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro, o que representava a realização de outro grande objetivo.

Na virada do ano, pouco antes do ataque, Kauan havia recebido uma mensagem que confirmava sua vaga na brigada, o que o deixou radiante. Esse momento de felicidade foi interrompido de forma trágica pelo ato de violência.

Repercussão e Investigação

O caso provocou grande comoção entre familiares, amigos e a comunidade local. Renato Pereira, pai de Kauan, demonstrou profunda revolta com o ocorrido:  

“Meu filho tinha tudo pela frente. Por um simples pisão no pé, tentaram tirar a vida de um jovem com tantos sonhos.”

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está à frente das investigações. 

Informações preliminares indicam que o traficante responsável pelo ataque pode ter sido morto por ordem de sua própria facção criminosa, que desaprovou sua atitude impulsiva. 

A polícia segue investigando os detalhes do caso e busca confirmar a veracidade dessa informação.

Redatora: Isabela Campanhã da Silva

Revisora: Luísa Guena

Reprodução de Imagem: G1