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Política

Janja Lula da Silva: entre exposição pública e a disputa política

Entenda o papel da primeira-dama na disputa política brasileira ler

Diogo Arenas Cirillo
14 de maio de 2025 - 15:20

A figura da primeira-dama Janja Lula da Silva tem ocupado um lugar central em narrativas que buscam deslegitimar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato. A crescente visibilidade da primeira-dama, tanto em agendas diplomáticas quanto em pautas sociais, parece ter se tornado alvo preferencial de setores da oposição e de parte da mídia, sobretudo em um contexto de intensa polarização política.

Recentemente, veículos de comunicação destacaram suposto “constrangimento” durante um jantar oficial entre delegações da China e do Brasil. O episódio ganhou força após a imprensa divulgar que Janja teria solicitado a palavra para tratar da influência dos algoritmos de redes sociais na promoção de discursos de extrema direita.

O presidente Lula reagiu com indignação, afirmando que não houve desconforto e que o pedido de fala de Janja estava dentro do previsto. Lula também enfatizou que sua solicitação ao presidente Xi Jinping, de uma pessoa de confiança para dialogar sobre a regulação das redes sociais, foi recebida com naturalidade. Ainda assim, o episódio foi amplamente explorado como sinal de descompasso, o que levanta questionamentos sobre a seletividade com que determinadas figuras públicas são abordadas.

Em momentos de bipolaridade política, como o posicionamento quase proporcional entre apoio ao presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, o foco se desloca para figuras simbólicas. E Janja, enquanto mulher, ativa politicamente e próxima do presidente, encarna um novo perfil de primeira-dama, rompendo com modelos mais passivos do passado. Isso a torna, ao mesmo tempo, símbolo de renovação e alvo fácil de ataques coordenados.

É possível observar que a imagem construída em torno de Janja recorre a arquétipos historicamente utilizados para minar a autoridade feminina no espaço público: a mulher descontrolada, a manipuladora, a desequilibrada.

Em outro episódio, Janja foi alvo de críticas após declarar duras palavras contra Elon Musk, bilionário norte-americano envolvido em polêmicas relacionadas à liberdade de expressão e regulação digital. A reação de Lula, sugerindo que não era necessário “xingar ninguém”, foi lida como uma tentativa de distensão, mas também ampliou a exposição pública da primeira-dama.

A oposição e parte da mídia, ao perceberem que ataques diretos a Lula já não surtiram o mesmo efeito de antes, parecem ter encontrado em Janja uma nova via de desgaste ao governo. Não à toa, na recente viagem à Rússia, circulou nas redes sociais um vídeo falso alegando que Janja teria sido barrada com malas de dinheiro, fato prontamente desmentido por autoridades brasileiras e russas.

O que está em curso não é apenas uma crítica política pontual, mas uma estratégia discursiva sistemática. Há uma tentativa de moldar a percepção coletiva para que a atuação da primeira-dama seja vista como obstáculo ao governo. E, como sabemos, quanto maior a repetição de uma narrativa, mais ela tende a se tornar “verdade” no senso comum, independentemente de sua veracidade. O uso sistemático de fake news e de narrativas simplificadas visa justamente contornar o debate racional e operar sobre as emoções coletivas, como o medo, a raiva ou a desconfiança.

O debate público no Brasil só será amadurecido quando houver espaço real para que figuras femininas no poder possam atuar sem serem reduzidas a caricaturas. Até lá, é fundamental que a sociedade civil permaneça atenta aos mecanismos de manipulação da opinião pública.

Direito de Imagem: Reprodução

Diogo Arenas Cirillo Diogo Arenas Cirillo é aluno do 4º ano de graduação em Relações Internacionais pela UNESP – Campus Marília. Bolsista em projeto da Pró Reitoria de Extensão Universitária e Cultura da UNESP, ele também atua como assistente administrativo no Instituto Valquiria Arenas, uma instituição de referência no setor de educação em enfermagem no Brasil. Membro no Instituto de Gestão Pública e Relações Internacionais (IGEPRI), Diogo se dedica ao desenvolvimento de pesquisas e à produção acadêmica em temas como políticas públicas, educação cívica, sustentabilidade, cidades inteligentes e pesquisas de opinião pública, combinando uma sólida base teórica com experiências práticas. Além disso, foi diretor da Coordenadoria de Marketing do Grupo de Estudo em Organizações Internacionais (GEO), acumulando experiência em gestão e marketing em âmbito acadêmico.

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