Israel aprova cessar-fogo com Hamas; libertação de reféns começa domingo
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Acordo prevê a libertação de 33 reféns e suspensão dos bombardeios em Gaza ler

Soldados israelenses jogam futebol diante de tanques e veículos blindados de transporte de pessoal (APC), em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, perto da fronteira entre Israel e Gaza, em Israel
Após semanas de intensas negociações mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito, o governo de Israel oficializou a aprovação de um acordo de cessar-fogo com o Hamas nesta sexta-feira (17). A decisão, que reacende esperanças em meio a um dos conflitos mais devastadores da região, prevê a libertação gradual de reféns israelenses a partir de domingo (19) e a suspensão temporária dos bombardeios na Faixa de Gaza.
A aprovação ocorreu em uma reunião do Conselho de Ministros, com 24 votos a favor e oito contrários, refletindo as divisões internas no governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O cessar-fogo também foi validado pelo Gabinete de Segurança, órgão responsável por supervisionar as ações militares de Israel. A primeira etapa do acordo prevê a libertação de 33 reféns, incluindo mulheres e crianças, sequestrados durante o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.
O anúncio gerou forte reação dentro do governo. Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional e líder do partido ultranacionalista Poder Judaico, criticou o acordo, chamando-o de “uma rendição perigosa” que fortalece o Hamas. Ele ameaçou renunciar caso o plano seja implementado, alertando que a troca de prisioneiros “apaga as conquistas militares de Israel”. Outros membros da ala linha-dura também se opuseram à medida, enquanto Netanyahu defendeu o tratado como uma decisão necessária para salvar vidas e proteger o futuro do país.
A aprovação ocorre em um momento de intensa pressão social, com grande parte da população israelense clamando pela libertação dos reféns. Entre os sequestrados está um bebê, que o Hamas afirma ter morrido em bombardeios, embora a informação nunca tenha sido confirmada por Israel.
Desde o início do conflito, mais de 48 mil pessoas perderam a vida, a maioria delas palestinos na Faixa de Gaza. Os bombardeios reduziram bairros inteiros a escombros, agravando a crise humanitária em uma região que abriga 2,3 milhões de habitantes. O cessar-fogo, com duração inicial de seis semanas, oferece uma oportunidade para aliviar as tensões e permitir a entrada de ajuda humanitária, mas analistas alertam para o risco de novas escaladas caso o Hamas use a pausa para rearmar suas forças.
O acordo, firmado com o apoio de mediadores internacionais, representa um raro momento de avanço nas negociações entre as partes. Netanyahu agradeceu aos Estados Unidos, Catar e Egito por sua atuação diplomática. O Hamas, por sua vez, comemorou a trégua como uma “vitória estratégica”, mas reafirmou sua posição em defesa da causa palestina.
Com a entrada em vigor do cessar-fogo no domingo, as atenções estarão voltadas para o cumprimento das cláusulas do acordo. A libertação dos reféns, que será feita de forma gradual, é vista como um teste da confiança mútua entre as partes. Enquanto isso, famílias israelenses aguardam ansiosamente por notícias de seus entes queridos.
“Esperamos por esse momento há mais de um ano. Que isso traga algum alívio e um passo em direção à paz”, declarou Yael Cohen, mãe de um jovem sequestrado, em entrevista à mídia local.
Embora o cessar-fogo não represente o fim definitivo do conflito, ele marca um importante ponto de inflexão em uma guerra que já custou milhares de vidas e deixou a região em ruínas. O futuro das negociações dependerá da capacidade de ambas as partes de respeitar o acordo e avançar rumo a uma solução duradoura para o conflito.
Redator: Ester Laís Costa Aquino
Revisor: Diogo A. Cirillo
Reprodução Imagem: Keenotes/Amir Cohen/Reuters