IPCA desacelera, mas o alívio não chega
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
-
Localização
-
-
Horário de Atendimento:
IPCA desacelera, mas o alívio não chega
-
Localização
-
-
Horário de Atendimento:
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
-
Localização
-
-
Horário de Atendimento:
- O agendamento se dará de acordo com a disponibilidade. Retornamos para confirmar.
- Ou entre em contato por telefone.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
-
Localização
-
-
Horário de Atendimento:
IPCA desacelera, mas o alívio não chega
- Se preferir entre em contato com a gente.
- (14)98839-6695
- (14)98839-6695
-
Horário de Atendimento:
IPCA desacelera, mas o alívio não chega
Mesmo com inflação oficial em queda, marilienses convivem com tarifas altas e desafios antigos ler
A desaceleração da inflação oficial em maio trouxe algum alívio para o noticiário econômico nacional. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês em 0,26%, menor variação para o período desde 2023, segundo o IBGE.
Para quem vive em Marília, porém, o custo do dia a dia continua alto. A energia elétrica, alimentos e transporte ainda pesam. O impacto é ainda maior para as famílias de baixa renda. Mais da metade da população local sente, mês a mês, o peso de um orçamento restrito. Enquanto a cidade lidera em crescimento empresarial e potencial econômico, muitos aguardam que esse desenvolvimento se traduza em qualidade de vida para todos.
Energia cara, vida apertada
A conta de luz foi a grande vilã da inflação em maio. Dados do IBGE apontam que a energia elétrica residencial subiu 3,62% no mês. Isso puxou o grupo Habitação para uma alta de 1,19% e pressionou o orçamento das famílias. A bandeira tarifária amarela adicionou R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Isso agravou a situação de quem já destina boa parte da renda a serviços essenciais.
Em uma cidade como Marília, onde mais de 50% da renda está nas classes D e E, qualquer aumento pesa mais. Isso afeta não só consumidores residenciais, mas também comércio e pequenas indústrias, que acabam repassando custos ao consumidor final. A experiência local reflete um fenômeno nacional. Mesmo com a inflação oficial em queda, a redução no custo de vida é sentida por poucos. Enquanto preços de alimentos e combustíveis aliviam pontualmente, o efeito de altas recentes permanece. Muitas vezes, quando os preços sobem, dificilmente voltam ao patamar anterior. Para o trabalhador comum, o progresso parece não chegar.
Potência regional em xeque
Marília se destaca como principal polo regional. Lidera em abertura de empresas, dinamismo no comércio e serviços e atrai milhares de trabalhadores das cidades vizinhas. Entre 2024 e 2025, o município manteve o maior saldo de empregos e o maior número de empresas abertas da região. O Produto Interno Bruto municipal dobrou em pouco mais de uma década, reforçando o potencial de crescimento. Ainda assim, a distribuição desse progresso está longe de ser igualitária. Com PIB per capita inferior à média do estado e concentração de renda nas faixas mais baixas, grande parte dos marilienses não consegue acessar os benefícios do crescimento. A instabilidade do saldo de empregos e a alta desigualdade social desafiam o município a encontrar novas formas de transformar oportunidade em qualidade de vida para todos.
O preço do consumo e a desigualdade
Na rotina de quem vive no Brasil, os impostos sobre consumo pesam mais do que em boa parte do mundo. Cada real gasto com alimentos, energia ou transporte impacta mais em quem tem menos, pois o país tributa fortemente o consumo e pouco o patrimônio.
Em Marília, quase um terço da renda local está na classe E. O efeito da alta dos preços é ainda maior, reduzindo a capacidade de consumo e travando o desenvolvimento coletivo. A desigualdade é reforçada por uma lógica que privilegia poucos. Enquanto impostos sobre herança seguem baixos, a maioria paga mais proporcionalmente para manter direitos e serviços.
O resultado é uma cidade onde muitos se sentem excluídos do progresso. Para mudar esse cenário, o interesse pela política local e a participação popular são essenciais para fiscalização e transformação da máquina pública.
Quando a conta não fecha, quem paga o preço?
No fim do mês, poucos sentem o alívio que a inflação dos jornais sugere. A cada conta de luz, o peso é imediato. Assim, planos de futuro vão ficando para depois. A verdade é que, mesmo com o município crescendo e abrindo empresas, muitas famílias seguem esbarrando nas mesmas barreiras de sempre: renda curta, serviços caros e pouca margem para sonhar com mais.
Mudar esse cenário não depende só de números ou do vai e vem do mercado. Depende de política pública, de decisão coletiva e, principalmente, de gente disposta a participar. Marília pode e merece mais: transporte melhor, energia acessível, menos desigualdade. Mas nada disso vai acontecer se cada cidadão não se enxergar como parte da resposta.
O que você faria diferente? O que ainda falta para sua vida realmente melhorar? Deixe sua opinião, compartilhe sua vivência e ajude a construir o debate sobre o futuro que Marília precisa.
Redação: Ruan Cezar Barboza
Revisão: Guilherme Domingues