A política de corte de gastos do governo americano com ajuda humanitária continua impactando diretamente a vida de milhões de pessoas.

Na segunda (24) a Diretora Executiva da UNAIDS,  Winnie Byanyima, afirmou que espera um aumento alarmante em casos de HIV, principalmente em países africanos.

“Esperamos 8,7 milhões de novas infecções. Na última contagem, foram registradas 1,3 milhões de infecções. globalmente em 2023”

Além disso, Byanyima também afirmou que prevê um aumento de 10 vezes no número de mortes por AIDS, das 600.000 registradas em 2023.

Congelamento de recursos estadunidenses

No dia 20 de janeiro o governo Trump congelou os gastos com ajuda humanitária globalmente. O Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da AIDS (PEPFAR) recebia US$6,5 bilhões do governo americano.

O congelamento de recursos de ajuda humanitária deve ser revisto no próximo mês, ao final do prazo de 90 dias instituído para revisão de sua aplicabilidade.

Byanyima também afirma que nenhum outro governo se comprometeu a cobrir os gastos do governo norte-americano.

“Esta retirada repentina dos fundos dos EUA já levou ao fechamento de muitas clínicas e à demissão de milhares de trabalhadores da saúde.”

Além da UNAIDS

Outras agências da ONU, como a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), também sofreram perdas com a falta dos recursos estadunidenses. Na última quinta (20), Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, emitiu sua declaração sobre o impacto dos cortes globais de ajuda humanitária.

Redação: Daniel Strunk

Imagem: Retrato Oficial do Presidente Donald Trump, 2025.