O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira (26) que o possível aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi discutido em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, que ainda não foi confirmada, tem como objetivo aumentar a arrecadação e reduzir o déficit fiscal.

Haddad destacou que o governo está avaliando diferentes alternativas para equilibrar as contas públicas, e o IOF é uma das opções em análise. “Foi um tema debatido, mas ainda não há decisão fechada”, afirmou o ministro, sem entrar em detalhes sobre possíveis percentuais de aumento.

O IOF incide sobre operações de crédito, câmbio e seguros, e um aumento poderia impactar diretamente o consumidor, encarecendo empréstimos e financiamentos. Especialistas alertam que a medida, se implementada, pode frear o consumo em um momento de recuperação econômica.

O governo busca alternativas para cumprir a meta fiscal de zerar o déficit primário em 2024, mas enfrenta resistência dentro do próprio Planalto. Lula tem demonstrado preocupação com medidas que possam prejudicar a população de baixa renda.

Analistas econômicos avaliam que o aumento do IOF seria uma solução rápida para elevar a arrecadação, mas com efeitos limitados a médio prazo. Outras propostas, como a reforma tributária, ainda tramitam no Congresso e não trarão resultados imediatos.

Haddad ressaltou que qualquer decisão sobre tributos será tomada com cautela, visando minimizar impactos na economia. “Estamos estudando todas as variáveis para não sobrecarregar quem já sofre com juros altos”, disse.

O mercado financeiro aguarda sinalizações do governo sobre as próximas medidas fiscais. A indefinição tem gerado instabilidade, com o dólar oscilando e os juros futuros em alta.

Caso o aumento do IOF seja confirmado, a medida deve ser anunciada nas próximas semanas, junto com outras ações para ajustar o Orçamento. O governo também estuda rever subsídios e cortar gastos.

Redator: Guilherme Silva Domingues

Revisor: Ruan Cezar Barbosa

Reprodução de Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil