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Polícia

Guerra declarada: PCC e CV rompem a trégua negociada em fevereiro

Informação sobre o fim do acordo foi confirmada pelo Promotor de Justiça ler

Maísa Faria Pereira
30 de abril de 2025 - 08:00

Nesta segunda-feira (28), encerrou-se a trégua entre o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho, as principais facções do Brasil, a qual havia começado em fevereiro.

No começo desse ano, em fevereiro, as duas organizações criminosas estabeleceram uma trégua com o intuito de reduzir a violência e os custos associados ao conflito. Além disso, também discutiam sobre pressionar o governo a flexibilizar as regras do Sistema Penitenciário Federal (SPF), onde seus principais líderes, Marcola (PCC) e Marcinho da VP (CV) estão encarcerados sob rígidas restrições. 

A informação sobre o fim do acordo foi confirmada pelo Promotor de Justiça Lincoln Gakiya, participante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Presidente Prudente. O servidor público apontou que divergências internas e falta de consenso entre as facções contribuíram para o fim do combinado.

O FIM 

Através de “salves”, nome dado aos comunicados distribuídos pelo PCC, enviados por mensagens e nas redes sociais, a facção paulista alegou que a intenção da trégua era preservar vidas, porém não iriam tolerar ações que ferissem a ética do crime, como atitudes consideradas covardes contra familiares ou inocentes. 

Já o Comando Vermelho enfatizou o respeito à vida e proibiu o assassinato por questões triviais, mantendo, na maioria dos Estados, um tom pacífico ao encerrar a trégua. Porém, em uma mensagem específica, o Comando alega que Não iremos ter mais trégua nem cessar-fogo com o PCC. A guerra está em aberto. Resumindo, o PCC é nosso inimigo até o fim. Irmãos, sem qualquer tipo de ideia ou diálogo, não vamos aceitar nenhum integrante do PCC no nosso solo sagrado e iremos eliminar todos que descobrirmos dentro do estado. A guerra é sem fim até a última gota de sangue. Não queremos ideia nenhuma com esta organização

Antes do rompimento, relatórios haviam detectado sinais de que a trégua estava sendo observada em nove estados do Brasil. No entanto, a nova declaração reverteu essa situação, indicando um retorno à hostilidade entre os grupos.

MOTIVO 

O principal motivo debatido para o fim do acordo seria a disputa de território para o tráfico de drogas e interesses divergentes. Como explica o promotor Lincoln para o jornal Metrópole, nenhuma das facções querem abrir mão dos territórios que já ocupam. Além disso, elas se organizam de maneira distinta. 

Enquanto o Primeiro Comando se organiza de maneira mais horizontal, a partir das Sintonias, o Comando Vermelho possui uma organização mais descentralizada com uma maior autonomia entre seus “franqueados”.

Além disso, o promotor também afirmou que já esperava que a trégua durasse pouco tempo, já que alegou que  o Marcinho VP não teria dado aval para essa trégua, e isso era indispensável. 

Momentos antes da notícia da trégua viralizar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, manifestou indignação. O motivo seria que, na verdade, uma falha de comunicação teria resultado na declaração da trégua entre o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao perceber o equívoco, o Marcinho da VPN alegou que o PCC “sempre será inimigo.”

UM DIA JÁ FORAM ALIADOS 

Por mais que atualmente a aliança entre PCC e CV seja algo inimaginável, até pelos próprios líderes das facções, essa amizade já existiu. 

O Comando Vermelho nasceu em 1979 no presídio da Ilha Grande (RJ), consolidando-se nas comunidades do Rio de Janeiro. Já o Primeiro Comando da Capital é fundado em 1993, após Massacre do Carandiru, na Casa de Custódia de Taubaté, conhecido como “Piranhão”

Antes de 2016, as duas organizações criminosas tinham relações conjuntas estratégicas, dividiam a influência nos presídios e nas rotas do tráfico e, até, possuíam os mesmos sujeitos intermediários na cadeia criminosa. 

Porém, em 2016, um “salve” comunicou o rompimento do PCC com o CV. A partir disso, o CV se alinhou a facções menores, como o PGC, a Família do Norte, facção do Amazonas, e com o Sindicato do Crime, grupo de Rio Grande do Norte. 

ROMPIMENTO HISTÓRICO

Diferente do PCC, o CV fez alianças mais simples, sem regras e mensalidade, nem proibiu o crack nos presídios, assim conseguiram mais pactos com os resistentes ao grupo paulista. Já em relação ao PCC, os batismos aumentaram, principalmente fora de São Paulo, tendo algumas de suas regras flexibilizadas. Em 2018, o “Partido” ganhou mais de 18 mil membros, tendo o Ceará como o terceiro estado com mais membros, estando atrás, apenas, de São Paulo e Paraná. 

O rompimento da aliança de longa data ocorreu por conta de divergências no controle prisional e, principalmente, pela expansão das rotas de tráfico no território brasileiro ao chegar nas regiões fronteiriças. 

Assim, em 2016, quando o PCC chega até a fronteira com o Paraguai, aniquilando o principal inimigo da época, Jorge Raffat, conhecido como o Rei da Fronteira, a organização criminosa paulista rompe com a facção carioca.

Diante disso, inicia-se a guerra entre os membros rivais e a disputa por território para o tráfico. Na época do rompimento, explodiu a maior onda de assassinatos dentro das cadeias brasileiras.

Desse modo é convencional que órgãos de segurança pública se preocupem e fiquem em alerta com essas novas atualizações do crime organizado, já que uma nova guerra foi declarada.

 

Revisor: Karini Yumi

Reprodução de Imagem: Arte/Metrópoles

Maísa Faria Pereira Graduanda no curso de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista - campus de Marília. Membro do Laboratório de Realidades Virtualizadas da Unesp de Marília.

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