Hoje (07), os rebeldes do movimento jihadista na Síria, tomaram controle das cidades de Quneitra e Sanamayn, além de que houve a retirada de tropas governamentais da primeira cidade. 

Nesta sexta-feira (06), o conflito, nunca cessado, foi reacendido novamente pelo fato dos rebeldes estarem cada vez mais próximos da capital, Damasco. Em resposta à dominação de algumas localidades por forças alternativas ao governo, o exército sírio está bombardeando regiões onde há concentração maior da oposição.

A guerra civil síria 

A guerra civil do país dispõe de motivos desde 1946, com a independência do Estado sírio e as consequências da política colonial francesa na região para o enfraquecimento da unidade árabe, implementando pequenas divisões na Síria. Desse modo, o majoritário grupo étnico-religioso do Estado não é representado, os sunitas, e a governança fica nas mãos da minoria, os alauitas.

O atual presidente da Síria,  Bashar Al-Assad, um alauita, instaurou no país uma ditadura desde o começo dos anos 2000, então em resposta à repressão vivida há anos, o povo sírio, em 2011 decidiu se manifestar nas ruas, pedindo a derrubada do presidente do poder. Esse evento fez parte do que ficou conhecido como a Primavera Árabe, uma série de protestos a respeito dos governos da região árabe na década de 2010.

Desde o início a guerra tem trazido grande prejuízo a população, não só do próprio país como de países vizinhos. A violação de diversos Direitos Humanos, como assassinato e tortura, tanto pelo governo, quanto pela oposição, os rebeldes que lutam para a deposição do presidente, tem resultado em um elevado número de refugiados nos países vizinhos. Em 2013, esse número chegou a 2 milhões de pessoas refugiadas, sobrecarregando países vizinhos que os recebem.

Relação Rússia e Síria

O apoio militar fornecido pelo governo russo à Síria ocorre desde 2015 e se coloca a favor do governo de Al-Assad. Putin, em anos anteriores já afirmou que caso haja uma interferência por parte dos Estados Unidos, ele reagirá em defesa da Síria.

Nesta quinta-feira (05), o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse estarem em constante contato com o governo sírio e estão avaliando a situação para entender a necessidade de assistência no país.

Redator(a): Vitória Bárbara da Silva

Revisor(a): Ana Luisa Volpe