Na última quarta-feira (29), o Grupo de Inteligência em Ameaças do Google (GTIG, em inglês) publicou um relatório alertando o mau uso de sua inteligência artificial, Gemini, por hackers em mais de 20 países.

Dentre os países rastreados, aqueles que mais apareceram nos dados encontrados foram China e Irã. Além destes, Rússia e Coreia do Norte também tiveram foram citados como os mais ativos.

O relatório do Google aponta mais de 40 grupos de hackers financiados por este grupo de países, para uso em espionagem e outros 15, para manipulação de informações.

Dentre os principais usos da ferramenta de IA, estão:

• Construção de estruturas digitais para suas operações, tais como códigos para sites fraudulentos, testes de ataques a sites oficiais, pesquisas de vulnerabilidades de segurança;
• Geração de conteúdo para publicações, mensagens e perfis falsos;
• Como aumentar o alcance das operações
• Entender a estrutura de segurança da própria Gemini e suas brechas;
• Como usar o Gmail para phishing e roubo de dados;
• Como fazer uma extensão de roubo de informações no Google Chrome;
• Como superar os métodos de verificação de segurança do Google.

Segundo a plataforma, “nossas descobertas revelam que enquanto a IA pode ser uma ferramenta útil para os atores de ameaças, ainda não é uma grande mudança como é retratada”.

IAs maliciosas

Enquanto a Gemini não forneceu as informações aos hackers, como medida de segurança do próprio Google, já existem modelos de inteligência artificial que auxiliam hackers em golpes.

O relatório também divulgou o nome das ferramentas de IA utilizadas e anunciadas em aplicativos como o Telegram, por serem “IAs sem limitações”.

Redação: Daniel Strunk