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Ciência & Saúde

Fobia social apresenta sintomas físicos sérios e não pode ser confundida com timidez

O transtorno psicológico conhecido como fobia social precisa de acompanhamento psiquiátrico, além de psicoterapia para auxiliar no tratamento ler

21 de dezembro de 2022 - 19:40

No podcast Saúde Sem Complicações, o psicólogo Lucas dos Santos Lotério, mestre pelo Programa de Psicologia em Saúde e Desenvolvimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, esclarece dúvidas sobre a fobia social, um transtorno psicológico muitas vezes comparado à timidez, mas que gera, além do desconforto, sintomas físicos como taquicardia e dores de cabeça.

O medo irracional de ser julgado ao encarar situações sociais é o principal sintoma; já a presença de sintomas físicos sérios, como náusea e aumento da pressão arterial, diferencia o transtorno de uma simples timidez. O psicólogo conta que indivíduos que sofrem de depressão, ansiedade ou que passaram por estresse pós-traumático estão mais propensos a desenvolver fobia social.

Apesar de muitas pessoas acreditarem que uma educação mais rígida implique no desenvolvimento da fobia social, o psicólogo afirma que “educação rígida, por si só, não vai necessariamente ser um fator desencadeador”. Já os traumas na infância, quando não tratados da maneira correta, podem ser um fator para o aparecimento desse transtorno psicológico.

O especialista conta que a fobia social pode aparecer em todas as fases da vida, mas é mais comum aparecer na adolescência, período no qual o indivíduo apresenta uma preocupação maior com o julgamento das outras pessoas.

Por fim, o psicólogo alerta que ao aparecer os primeiros sintomas a pessoa deve procurar a ajuda de um médico psiquiatra, profissional capacitado para dar o diagnóstico e receitar remédios ansiolíticos e antidepressivos. Os medicamentos, em conjunto com a psicoterapia, formam o tratamento para os pacientes que sofrem de fobia social.

Fonte: Jornal da USP

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