Já em 1918, durante a pandemia da gripe espanhola, a qual vitimou mais de 100 milhões de pessoas, a estratégia da diminuição do contato social para evitar a contaminação pelo vírus da gripe demonstrou-se eficaz.

Desde então, a medicina, em situações de pandemia, recomenda evitar aglomerações, o contato físico com outras pessoas e reduzir a circulação. Em resumo, recomenda-se o distanciamento social como estratégia para evitar a contaminação por vírus da gripe, inclusive o Covid-19.

O motivo é simples: o coronavírus dissemina-se do mesmo modo que uma gripe comum. Ou seja, a doença é transmitida pelo contato com secreções de pessoas contaminadas: espirro, tosse, gotículas de saliva, toque ou aperto de mão seguido de contato com boca, nariz e olhos.

Os cuidados individuais para a prevenção contra a infecção do Covid-19 também são os mesmos: lavar frequentemente as mãos, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca e manter os ambientes bem ventilados. Além disso, é primordial uma boa alimentação, uma estratégia de imunoterapia alimentar.

O tratamento contra o vírus também é o mesmo: isolamento e observação dos infectados; repouso, hidratação, reforço na alimentação e analgésicos para aliviar os sintomas. Exceto o ibuprofeno, o qual tem auxiliado na multiplicação do vírus já instalado no organismo humano.

A letalidade do Covid-19 é, em torno, de 3%. Menor do que as mortes provocadas pela gripe suína ou aviária. A diferença é a sua capacidade de transmissão rápida, a qual pode ampliar a escala de pessoas atingidas em tempo muito curto.

Aqui mora o problema: o coronavírus pode colocar em colapso a estrutura de atendimento à saúde de todos nós.

A capacidade do SUS (Sistema Único de Saúde) em atender a população está muito aquém da capacidade do vírus em infectar cada um de nós. A estratégia das autoridades brasileiras de saúde está correta.

O distanciamento social é uma medida de proteção eficaz. Ficar em casa é eficaz contra o Covid-19 e uma responsabilidade de cada um de nós para a proteção nossa e dos nossos entes familiares. E, principalmente, uma responsabilidade coletiva.

Obedecer esta simples medida protetiva instituída pelo poder público brasileiro possibilitará que o SUS atenda realmente quem precisa. Possibilitando, assim, vencermos esta doença sem maiores traumas.

Cabe ao prefeito Daniel Alonso dar o exemplo e despachar de casa sobre os assuntos da Prefeitura. Ele não deveria, neste momento, pedir reclusão aos cidadãos marilienses e ficar circulando pelo município vistoriando obras e distribuindo informação sobre seus feitos.

Seja responsável, faça sua parte.