Nesta sexta-feira (14), ocorreu uma explosão na estrutura de contenção da usina nuclear de Chernobyl, Ucrânia. A Rússia foi acusada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de ter lançado o ataque de drones à usina.

O presidente da Ucrânia, em uma postagem em sua rede social do X afirma, em suas palavras que: “Ontem à noite, um drone de ataque russo com uma ogiva de alto teor explosivo atingiu a cobertura que protege o mundo da radiação no destruído reator número 4 da central nuclear de Chernobyl”. Zelensky também informou que o incêndio já foi apagado e que “o nível de radiação não aumentou”.

A estrutura de contenção da usina de Chernobyl tinha o intuito de impedir a liberação de substâncias radioativas e evitar impactos ambientais negativos. A estrutura havia sido finalizada em 2019 e o engenheiro-chefe, Oleksandr Tytarchuk, disse que a explosão causou danos a essa estrutura.

“A barreira que deveria impedir a disseminação de substâncias radioativas deixou de funcionar conforme seu projeto original”, afirmou Oleksandr Tytarchuk, de acordo com o G1.

Rússia nega as acusações do ataque ter sido feito pelo país.

O acidente nuclear de Chernobyl

O acidente na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, ocorreu em 26 de abril de 1986, quando uma explosão a vapor no reator 4 da usina, em razão da água superaquecida, levou a um subsequente incêndio que durou 9 dias. Apenas em 4 de maio de 1986 que o incêndio foi cessado.

Esse acidente é um dos dois únicos acidentes nucleares classificados como nível 7, o máximo, na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. 

Após o ocorrido, 237 pessoas sofreram de síndrome aguda da radiação (SAR), em que 31 morreram nos primeiros 3 meses. Além disso, 15 pessoas morreram de câncer de tireoide e 28 trabalhadores morreram da síndrome aguda da radiação.

Revisor: Ana Luisa Volpe

Imagem: Denis Reznik/Pixabay

Vitória Bárbara da Silva