O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (24) que, a partir de 2 de abril, será imposta uma tarifa de 25% sobre todas as importações provenientes de países que adquirirem petróleo ou gás da Venezuela. A medida, anunciada através de sua rede social Truth Social, visa pressionar economicamente o governo venezuelano, acusado por Trump de enviar criminosos para os EUA e de adotar uma postura hostil em relação ao país norte-americano.

Essa “tarifa secundária” afetará principalmente nações como China, Índia, Espanha, Rússia, Malásia, Singapura e República Dominicana, que mantêm relações comerciais significativas com a Venezuela no setor energético. A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla da administração Trump para alinhar as tarifas dos EUA às de outras nações e combater barreiras comerciais não tarifárias.

Além disso, o presidente anunciou a possibilidade de futuras tarifas sobre automóveis, alumínio e produtos farmacêuticos, com o objetivo de fortalecer a produção doméstica em cenários de crise. Trump também mencionou que alguns países poderão ser isentos dessas tarifas, embora não tenha especificado quais seriam beneficiados.

O mercado financeiro reagiu de forma cautelosa às declarações, com investidores avaliando os possíveis impactos econômicos das novas tarifas. Embora haja preocupação com o crescimento econômico e a inflação, alguns analistas acreditam que medidas mais direcionadas possam mitigar efeitos negativos mais amplos.

Paralelamente, foi anunciado um investimento significativo de US$ 21 bilhões pelo grupo sul-coreano Hyundai nos EUA, incluindo a construção de uma nova usina siderúrgica na Louisiana. Esse movimento é visto como um reflexo das políticas comerciais de Trump, que buscam atrair investimentos estrangeiros e fortalecer a indústria nacional.

As novas tarifas e políticas comerciais da administração Trump têm gerado debates sobre seus impactos na economia global e nas cadeias de valor. Especialistas alertam para possíveis desorganizações nas cadeias globais de valor, enquanto outros veem as medidas como uma tentativa de reequilibrar as relações comerciais dos EUA.

Redator: Vitor Hugo Santana Lima

Revisora: Beatriz Acosta Marçal

Imagem de Dave Davidson – Pixabay