EUA se retiram do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Nesta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que retira o país do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, a medida mantém a suspensão do financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Trump justificou a decisão alegando um viés anti-Israel por parte do conselho e questionou a eficácia da ONU em geral.

Corte de financiamento à UNRWA

A ordem executiva também prolonga a suspensão de todo o financiamento americano à UNRWA, agência que fornece assistência a milhões de refugiados palestinos. Trump argumentou que a ONU “possui um tremendo potencial”, mas que “não está sendo bem gerenciada”. Ele afirmou que a organização precisa “se organizar” para cumprir seus objetivos.

Sugestão de realocação dos palestinos de Gaza

Durante o anúncio, Trump sugeriu que os palestinos que vivem na Faixa de Gaza deveriam considerar deixar o território. Ele mencionou a possibilidade de realocá-los para países vizinhos, como Jordânia e Egito, devido à destruição significativa em Gaza após conflitos recentes. Essa proposta gerou controvérsias e foi criticada por analistas que a consideram uma forma de limpeza étnica.

Reações internacionais e implicações futuras

Sendo assim, as decisões de Trump coincidem com sua reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conhecido por suas críticas à UNRWA. A retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos e o corte de financiamento à agência para refugiados palestinos podem intensificar as tensões no Oriente Médio e afetar a assistência humanitária na região. Em suma, observadores internacionais expressam preocupação com as possíveis consequências dessas ações para a estabilidade e os direitos humanos no território palestino.

Redator: Beatriz Marçal

Revisor: Vitor Hugo Santana Lima

Imagem: REUTERS/Mohammed Salem