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Ciência e Tecnologia

Estudo de meteoritos é essencial para a compreensão de fenômenos espaciais

Pesquisadores do Instituto de Geociências e Instituto de Química da USP indicam como proceder ao encontrar fragmentos de corpos celestes ler

05 de março de 2022 - 19:00

Aqueda de um meteorito em Minas Gerais, em meados de janeiro, gerou discussões sobre a importância da conservação do fragmento. Em imagens que viralizaram nas redes sociais, moradores da região exibiam supostas partes do meteorito em suas mãos e lavavam a rocha espacial com água e sabão.

“Meteorito” é a nomenclatura utilizada para descrever os fragmentos rochosos que conseguem alcançar a superfície da Terra. Segundo Gabriel Gonçalves, doutorando em astrobioquímica no Instituto de Química (IQ) da USP, a eventual entrada de itens na atmosfera terrestre acontece quando asteroides, grandes corpos celestes que orbitam o sol, cruzam com a órbita do planeta. “O corpo cai muito rapidamente e comprime o ar à sua frente, que então esquenta e brilha, como uma lâmpada incandescente”, diz o pesquisador. A faixa de luz visível no céu durante a queda é chamada de meteoro ou, popularmente, estrela cadente.

A título de curiosidade, Gonçalves explica, também, a definição de cometas: “São corpos rochosos como os asteroides, mas que vêm de regiões mais distantes do Sistema Solar e liberam muitos vapores, responsáveis por criar uma cauda luminosa. Os cometas ficam aparentes no céu por vários dias, enquanto os meteoros são visíveis por apenas alguns segundos”.

Os meteoritos também apresentam diferenças entre si. Os mais comuns são os não diferenciados, também conhecidos como condritos, que compõem cerca de 85% dos artefatos celestes encontrados na superfície. “Dá para reconhecê-los relativamente fácil”, conta Gaspar Rojas, professor do Instituto de Geociências (IGc) da USP. Os meteoritos metálicos, outro grupo importante, também podem ser reconhecidos por leigos com certa facilidade. A dificuldade surge na identificação de um terceiro grupo, os meteoritos diferenciados, que são extremamente similares a rochas nativas do nosso planeta.

Como identificá-los?

Para confirmar que um fragmento encontrado é um meteorito, a indicação é enviar fotos ou amostras da rocha para instituições especializadas, como o próprio IGc. No entanto, algumas características específicas dos corpos extraterrestres podem ser observadas mesmo em casa, e a professora do Instituto de Geociências, Lucelene Martins, indica passos para a testagem dos fragmentos.

“Tá com a rocha na mão? Faz o teste do ímã. Em geral, os meteoritos metálicos e os condritos são bem atraídos por ele, devido à presença do ferro metálico. É raríssimo encontrá-lo na Terra, mas nos meteoritos é bem comum, uma vez que o ferro oxida em contato com o oxigênio, mas no espaço isso não ocorre”, diz a professora, que continua: “Existem, também, materiais terrestres que são atraídos pelos ímãs, como a magnetita, o ferro fundido e rejeitos de siderúrgicas que formam ligas de ferro. Nem tudo que é atraído será um meteorito, mas essa é uma boa característica para começar”.

Logo, para realmente classificar um fragmento encontrado como meteorito, combinar características e testes é o modo mais efetivo. Pode observar-se a densidade do material, que, caso venha do espaço, será muito mais pesado em comparação com rochas terrestres de mesmo volume. Além disso, Lucelene conta que, “se o meteorito tem uma queda recente, outra característica boa é a crosta de fusão. O contato com a atmosfera faz com que ele aqueça e funda, mas, antes de chegar ao solo, ele esfria completamente e forma a crosta. É um material preto e bem fininho, típico dos meteoritos. Nenhuma rocha terrestre tem o mesmo”. O interior do item extraterrestre também é de importante análise. “Vale a pena quebrar uma pontinha do meteorito e lixá-la para ver como está internamente. Algumas características você consegue observar a olho nu ou com uma lupa: se ele for metálico, terá um brilho típico, e se for condrito, pode ter uns floquinhos metálicos que brilham, que ajudam no reconhecimento”, completa a professora.

Embora tais características auxiliem na identificação, a comprovação e catalogação do meteorito só virão após a realização de testes sofisticados em laboratório. “A principal ferramenta para classificação de meteoritos é a microscopia petrográfica. É uma técnica que exige conhecimento, treinamento e deve ser feita por especialistas”, diz o professor Rojas. Para tanto, é necessário enviar 20 gramas ou 20% do suposto corpo celeste para análise e depósito em museus. O restante da peça pode permanecer com aquele que a encontrou, diz Gabriel Gonçalves, que abriu a entrevista. “Não temos uma lei específica para isso, mas alguns países, como a Argentina, dizem que os meteoritos são da União. No Brasil, a gente reflete a jurisprudência da lei americana, que basicamente diz que o dono do meteorito é o dono da terra onde ele caiu.”

O que fazer caso encontre um meteorito?

Ao contrário das imagens virais na internet, lavar os fragmentos rochosos é pouco indicado, pois acelera um processo de intemperização e desgaste. “Se encontrar, tem que armazenar direitinho, proteger contra a umidade, evitar manusear. Isso preserva as estruturas que serão importantes para o estudo dessa rocha no futuro”, explica Lucelene.

O estudo dos meteoritos é essencial para a compreensão de fenômenos espaciais. A data estimada da formação do Sistema Solar, por exemplo, vem da datação de idade dos meteoritos mais antigos. “A grande maioria dos fragmentos tem 4,5 milhões de anos de idade, e carregam evidências valiosíssimas para o estudo daquela época”, ilustra Rojas. A técnica, conhecida como planetologia comparada, também pode ser aplicada para a análise de fenômenos terrestres. “Nós, pesquisadores, temos muitas dúvidas sobre o núcleo da Terra porque não conseguimos acessá-lo. Mas temos acesso às amostras dos meteoritos metálicos, que são materiais equivalentes. Muito do que a gente sabe sobre o núcleo terrestre vem dessa analogia”, diz o professor, que finaliza ao apontar que o estudo de corpos celestes ajuda a entender por que nosso planeta é tão especial a ponto de abrigar vida.

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