Um estudo realizado na Austrália, em parceria com os Estados Unidos e Holanda, deu mais um passo no que antes parecia impensável: a cura pra o HIV, o vírus da AIDS.

Os cientistas foram capazes de acabar com a latência do vírus HIV, um dos principais impedimentos para alcançar a cura definitiva do porte do vírus.

No estado latente, o vírus ainda se mantém no organismo, podendo voltar a se replicar no corpo, caso o tratamento não seja feito adequadamente. Além disso, os patógenos são indetectáveis pelo sistema imunológico, tampouco pelos remédios do tratamento atual.

Para alcançar estes resultados, foi utilizada a mesma tecnologia da fabricação da vacina de COVID-19: a mRNA. Com ela, o HIV latente consegue ser reativado, de maneira a se tornar localizável e destrutível.

Um passo de cada vez

Ainda que a pesquisa tenha retornado resultados promissores, ainda há de ser considerado que ela foi conduzida em células isoladas em laboratório. 

Além disso, mais estudos devem ser conduzidos, para que todo HIV latente seja destruído do corpo antes do período de sua replicação. Ainda assim, a recente descoberta foi um passo importante na direção à cura.

O HIV até então

O tratamento atualmente disponibilizado aos portadores de HIV elimina a presença de todo e qualquer vírus que esteja na corrente sanguínea, além de impedir que o vírus entre em novas células. Contudo, ele é ineficaz quando se trata do vírus latente.

Vale ressaltar que o portador de HIV não é um paciente de AIDS, já que, se seguido corretamente, o tratamento impede o adoecimento do portador. Além disso, uma vez que o portador for considerado indetectável, ele não transmite mais o vírus.

Como fruto do avanço do tratamento e de sua disponibilização pelo SUS, o Brasil foi capaz de pedir à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) um certificado reconhecendo o fim da transmissão vertical do HIV – de mãe para filho.

Daniel