Você sabe a diferença entre a esperteza e a inteligência?

A esperteza faz-se presente em pessoas com inteligência prática cuja referência é si mesmo, o próprio ego. O esperto dispensa princípios, tais como ética, moral, lealdade, honra, honestidade, etc. A base filosófica do esperto é o “meu interesse”. O esperto dispensa conhecimento e visão, enquanto cultua à astúcia de “salvar a pele” em circunstâncias diversas e repetitivas.

O esperto usa o próximo como meio exclusivo para seus fins personalíssimos. Não têm aliados fiéis, mas sim uma horda que lhe acompanha em busca das suas migalhas. O esperto troca amizades verdadeiras por um pouco de poder e um punhado de dinheiro, visto que, na visão dele, poder e dinheiro tem mais valor.

A inteligência é diferente. O inteligente é capaz de ler entre linhas e conectar idéias aparentemente não relacionadas. O inteligente reflete, faz raciocínios abstratos, por isso sabe planejar e criar estratégias.

A pessoa inteligente cultua princípios, tais como ética, moral, lealdade, honra, honestidade, etc. Compartilha visão, inspira pessoas, gera sentimento de pertencimento. Isto conecta gente no longo prazo, permite formar equipes, grupos, os quais, mesmo sem dinheiro ou poder, pela união constroem destinos comuns.

O esperto é uma galinha rápida que bica o grão de milho no chão, mas no quintal do seu algoz, crendo que a satisfação momentânea da fome salvará sua pele.

O inteligente é uma águia que lá de cima avista uma lebre, agarra-a e conduz a presa para o seu terreno, desfrutando em segurança da comida conquistada.

A esperteza é uma pobre substituta da inteligência. O esperto se dá bem no curto prazo. Tancredo Neves dizia: “Esperteza, quando é muita, come o dono”. Já o inteligente prevalece no longo prazo. Por um motivo simples: o esperto vive se enfiando em enrascadas, em situações complicadas, nas quais o inteligente se quer esbarra.