Eleições e instabilidade no Sahel: os golpes de Estado que estão afetando a África
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Eleições e instabilidade no Sahel: os golpes de Estado que estão afetando a África
A região do Sahel engloba ao menos 11 países do continente africano ler
Qual é a região do Sahel?
O Sahel é uma região africana que se expande horizontalmente da costa oeste da África, onde se encontra Senegal e Mauritânia, até a costa leste com o Sudão e a Eritreia. O Sahel engloba diversos países que compartilham de diversos problemas devido crises como: aquecimento global, conflitos étnicos, terrorismo, crise migratória e doenças.
Pode-se entender como o ponto de partida para os problemas hoje encontrados na África, especialmente nesta região, a Conferência de Berlim, o qual dividiu o continente africano a partir dos interesses dos países colonizadores, não respeitando as diferenças étnicas do povo que ali vivem. Nesse sentido, será explorado neste artigo os problemas que alguns países da região enfrentam no século XXI.
Burkina Faso
Em agosto de 1983, emergia ao poder em Alto Volta, o líder revolucionário Thomas Sankara. Seu curto período de tempo como presidente, incluiu reformas para se livrar das amarras do colonialismo francês, o nome de Alto Volta foi mudado para Burkina Faso nesse período, reafirmando a identidade do país, o novo nome significa “terra dos homens íntegros”. Além disso, Sankara nacionalizou mineradoras e outras empresas, implementou a reforma agrária e as terras de latifúndio foram entregues a trabalhadores rurais e rompeu laços com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Entretanto, em 1987, Thomas Sankara foi assassinado por seu colega Blaise Compaoré, que assumiu a liderança do país, o presidindo até 2014. Em 2022, Compaoré foi condenado a prisão perpétua por seu assassinato.
Inspirado pela ideologia de Thomas Sankara, Ibrahim Traoré, em setembro de 2022 assumiu a presidência derrubando Paul-Henri Damida do poder. Traoré proclamou que o país está passando por uma Revolução Popular Progressista e foi claro ao dizer: “Não estamos em uma democracia. Estamos em uma Revolução Popular Progressista. É impossível nomear um único país que tenha se desenvolvido em democracia. A democracia é apenas o resultado final.”
Uma das primeiras medidas do líder foi se desvencilhar do neo-colonialismo francês presente em Burkina Faso, o qual explorava as matérias primas existentes no país africano. Ibrahim Traoré armou as massas, através da milícia Voluntários de Defesa da Pátria (VDP’s), para conseguir restabelecer o maior controle do país. Em 2022, o Estado controlava apenas 40% de seu território, em 2023 controlavam 69%, segundo o Ministério da Defesa.
Para além, Traoré vem fortalecendo a indústria nacional através da inauguração de complexos têxteis e a criação, em 2022, da Agência para Promoção do Empreendedorismo Comunitário (APEC).
Sudão do Sul
O Sudão do Sul é o país mais jovem do mundo, ganhando sua independência em 2011 após décadas de conflitos no Sudão. Entretanto, sua independência não cessou por muito tempo os conflitos no país, o qual detém de uma grande diversidade de grupos e subgrupos étnicos.
Em 2013 uma guerra civil eclodiu no país após desavenças entre o presidente do país, Salva Kiir, do maior grupo étnico do Sudão do Sul, os Dinka, com o vice-presidente Riek Machar, da etnia Nuer. Apesar disso, em 2018 foi assinado o Acordo Revitalizado em 2018 pelo presidente Kiir e o líder da oposição Machar.
Contudo, atualmente o Sudão do Sul se encontra à beira de uma nova guerra civil devido ao abuso de poder de Riek Machar, os conflitos étnicos e as milícias do país. Machar prende e remove cargo de pessoas do governo que se apresentam como uma ameaça a ele, incluindo o próprio Kiir e as milícias, insatisfeitas com o governo, atacam e saqueiam localidades e etnias como forma de se rebelarem.
Revisor(a): Ana Luisa Volpe
Imagem: DW