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Eficácia de tratamentos contra coronavírus requer rigor científico

Mayana Zatz comenta sobre as etapas necessárias para o desenvolvimento de drogas e vacinas e a rigidez aplicada pelos cientistas durante os testes de segurança e eficácia ler

01 de maio de 2020 - 08:30

Enquanto o mundo adota o isolamento social como uma medida para evitar o colapso do sistema de saúde, a comunidade científica reúne esforços para encontrar um remédio ou desenvolver uma vacina que combata a covid-19. Mas, para uma droga ser aprovada, são necessários muitos estudos e vários testes.
Uma das questões mais polêmicas em torno da doença é o uso da cloroquina. É eficaz ou não? E quando deve ser tomada, no início do sintoma ou em fases mais adiantadas da doença?
Nesta edição de Decodificando o DNA, a professora Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, fala sobre o rigor científico, ou seja, os cuidados e etapas necessários para que uma vacina, um teste de diagnóstico ou uma droga seja considerada segura e eficaz para ser utilizada pela população.
“Sabemos que muitos experimentos bem-sucedidos em tubos de ensaio não funcionam quando administrados em modelos animais ou pacientes, ou seja, in vivo“, diz Mayana. A pesquisadora fala, ainda, sobre o estudo chamado duplo-cego. Para testar uma hipótese, os cientistas escolhem um grupo de pacientes com idades semelhantes, em fases parecidas da doença, ou seja, ou no início dos sintomas, ou em fases mais adiantadas. “Todos nós torcemos para resultados positivos, mas todo cuidado é pouco antes de afirmar a eficácia de uma nova droga ou tratamento”, conclui.

Fonte: A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente toda quarta-feira às 10h50, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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