Inserida no calendário internacional da ONU há mais de meio século, a data do Dia Internacional da Mulher tem suas raízes ainda mais antigas do que registro internacional.

Diversos acontecimentos culminaram na decisão da data: o incêndio em uma fábrica de Nova York em 1857,  as manifestações na Rússia em 1917 e as manifestações que ocorreram nos demais países europeus, em 1911 e 1914. Todos eles construíram a data celebrada hoje.

Após o incêndio consumir uma fábrica em Nova York, 130 operárias foram mortas no fogo. Desde então, as americanas se organizaram para conseguir melhores condições de trabalho e pela igualdade salarial aos homens.

Uma das principais pautas da época era o direito ao voto das mulheres, que ainda não podiam votar, além de condições mais dignas de trabalho. As manifestações se seguiram em diversos países que passavam por uma situação parecida, além de se manterem nos EUA.

Foi em 1910, durante a Segunda Conferência das Mulheres Socialistas, que a ativista alemã Clara Zetkin propôs que a data deveria celebrar e promover uma movimentação anual das mulheres na busca por direitos.

O que consolidou a data do 08 de março foi a Revolução Russa, quando operárias russas foram se manifestar contra as decisões do então Czar russo – que abdicou do trono dias depois – e por melhores condições de trabalho e de vida.

Após a Revolução, a data se tornou parte do calendário Soviético, se espalhando por outros países, até ser reconhecida pela ONU na década de 1970 e assim oficializada no calendário internacional.

No Brasil, as conquistas das mulheres chegaram posteriormente: em 1932 elas conseguiram o direito ao voto e apenas na redemocratização de 1988 foi que elas conseguiram direitos fundamentais como a igualdade de gênero perante a lei.

O Dia Internacional da Mulher, além de ser uma data em que elas merecem as homenagens das pessoas à sua volta, é também uma data em que devem ser celebradas as conquistas da luta delas por seus direitos na sociedade. Além disso, a data é um lembrete de que a luta por direitos deve seguir firme e vigilante, para que estes não sejam tirados e os esforços para alcançá-los não tenham sido em vão.

Redação: Daniel Strunk