A Secretaria Municipal da Saúde de Marília informa que, além das ações para a redução da transmissão do Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus), vem trabalhando no controle da dengue.

Mesmo diante das quedas na temperatura e baixa incidência de chuvas, condições que desfavorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti, a doença permanece em transmissão em várias áreas da cidade, de acordo com o Poder Público.

A enfermeira Luciana Stroppa, integrante da equipe da Vigilância Epidemiológica, informou que até esta sexta-feira, 15 de maio, Marília já registou 3.175 casos suspeitos, sendo que 1.677 foram descartados, restando 375 casos aguardando resultado de exames, além de 1.105 casos confirmados e curados. A cidade também já registrou um óbito em 2020.

Visitas domiciliares e nebulização

Segundo o médico veterinário do setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Lupércio Garrido, as visitas domiciliares para identificação de fatores de risco, eliminação e tratamento focal de criadouros, assim como orientação à população continuam sendo realizadas pelas equipes de agentes de saúde lotados em todas as áreas de abrangência das Unidades de Saúde.

Lupércio Garrido informou ainda que o trabalho de nebulização de inseticidas, ação reservada criteriosamente às áreas em que se confirmam casos, a nebulização dessas áreas seguirá sendo realizada por equipes de Agentes de Controle de Endemias, já capacitados e equipados para tarefa, e que será utilizado no processo nebulizadores portáteis, com intervenção casa a casa.

“Todo o trabalho em que se utilizam inseticidas adulticidas [nebulização] é considerado complementar no combate à dengue e tem por objetivo principal a eliminação de fêmeas do vetor que possam estar contaminadas com o vírus”, disse o médico veterinário.

Para que os órgãos estaduais possam fornecer o inseticida e autorizar sua utilização, é necessário que as equipes municipais executem um trabalho prévio de redução de criadouros na área a ser tratada. Isso se traduz na visita para eliminação de criadouros em pelo menos 70% dos imóveis locais.

O secretário municipal de Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior, informou que a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de Marília vem prestando apoio técnico às ações e confirmou a possibilidade de empréstimo de equipamento móvel caso um crescimento significativo no número de casos seja constatado.

Zona Oeste

Cássio Júnior afirmou também que a área de abrangência da UBS Chico Mendes deverá ser a próxima a receber a nebulização, assim que as equipes terminarem o trabalho de preparação da área.

A Prefeitura também se diz preocupada com a recusa da população em receber a visita dos agentes de endemias, por conta dos eventos epidemiológicos do momento, mas afirma que, apesar de toda a campanha realizada no combate à dengue, a ação de todos os órgãos de comunicação do município devem se empenhar visando esclarecer o fato, uma vez que pendências superiores a 30% podem comprometer a execução do trabalho.