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Marisa Midori diz que voltou a ler a obra clássica de Marshall McLuhan depois de uma conversa com alunos da Universidade de Toulon ler
A professora Marisa Midori continua na França, agora em missão na Universidade de Toulon, no sul do país. Diz ela que o forte lá é a área de Comunicação e Informação. Marisa destaca um programa de mestrado e de doutorado que acolhe pesquisadores da França e de todo o mundo e tece elogios ao mestrado profissionalizante por sua originalidade e pela penetração que tem em diferentes áreas das universidades francesas.
“Na Universidade de Toulon, os alunos trabalham 15 dias em uma empresa e nos outros 15 seguem as disciplinas do curso, onde também desenvolvem seus projetos de pesquisa. É o que eles chamam de um sistema de alternância.”
A colunista aproveita a deixa para informar que voltou a ler McLuhan, mais especificamente a obra A Galáxia de Gutenberg, ensaio clássico a ela inspirado durante uma conversa com os alunos do mestrado profissional daquela universidade.
“Quando eu lhes perguntei sobre os temas dos trabalhos de fim de curso, fiquei um pouco espantada com as apreensões reveladas em relação ao mundo por esses jovens. Os trabalhos versam – não digo todos, mas ouso dizer que a maioria – sobre a cultura do cancelamento, a manipulação, o medo e o ódio. Eu até mesmo acompanhei a apresentação de um projeto de tese que tem como origem o ódio nas redes sociais.
A pesquisadora é uma jovem alemã, de origem turca, e ela tenta fazer uma análise comparativa sobre o ódio em diferentes culturas”, diz Marisa Midori. “Ora, em 1962, McLuhan previu uma mudança radical na forma como a humanidade passaria a se comunicar, logo a se comportar, em relação às tecnologias dominantes.”
Ela encerra sua coluna citando o trecho em questão da obra do intelectual canadense.
Fonte: Jornal da USP