O prefeito Daniel Alonso publicou hoje (5), no Diário Oficial do Município, aditivo de contrato no valor de R$ 2.689.322,24 (dois milhões, seiscentos e oitenta e nove mil, trezentos e vinte e dois reais e vinte e quatro centavos).

O aditivo é a forma jurídica utilizado pela Prefeitura para ampliar gastos públicos com obras e serviços em favor da iniciativa privada.

Neste caso, trata-se das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) Pombo e Barbosa. E a empresa beneficiada é a Replan Saneamento e Obras LTDA, responsável pela execução da chamada obra do século de Marília.

No dia 29 de abril, foi realizado um outro aditivo no valor de R$ 582.756,96 (Quinhentos e oitenta e dois mil, setecentos e cinquenta e seis reais e noventa e seis centavos) para a mesma obra, como retratamos aqui. Este já é o sétimo aditivo em quase dois anos.

Esses aditivos geram encarecimento da obra. O valor inicial previsto em contrato era pouco mais de R$ 30,7 milhões. Esses seguidos aditivos já elevaram o preço em R$ 10, 789 milhões, em média 35% sobre o valor original.

O prefeito Daniel Alonso afirma que esses gastos extras foram resultado do abandono da obra na gestão anterior do ex-prefeito Vinicius Camarinha. Devido a isto, muitos serviços que haviam sido executados, tiveram que ser retomados agora, estourando o orçamento inicial. E, mesmo assim, o custo total da obra ficou abaixo do valor contratado.

Entretanto, vale salientar que a Replan era a empresa terceirizada responsável por tocar a obra em nome da Odebrecht durante a gestão Vinicius Camarinha. E tinha total conhecimento técnico e financeiro dos custos da retomada e finalização da obra.

Esta situação demonstra ausência de planejamento e total ineficiência na retomada e finalização da obra do esgoto por parte da prefeitura, a qual, na administração Daniel Alonso deveria, no mínimo, ter realizado uma auditoria para verificar as condições reais do imbróglio.

Enquanto o prefeito Daniel Alonso faz “joinha” ao proprietário da Replan na foto de capa da matéria, nós, os contribuintes, pagadores de impostos, vamos gastando mais do nosso dinheiro para a finalização da tão importante obra do século XIX.