Sob o Tema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável” acontece nos dias 6 e 7 de julho de 2025, a 17ª Cúpula do BRICS, em que os 11 países membros do grupo discutem estratégias na política, economia, saúde, no uso de inteligência artificial, meio ambiente, desenvolvimento e outros temas.

Entre os principais pontos levantados estão a defesa de uma reforma na ONU, assim como o Conselho de Segurança: este deve se tornar mais democrático, “para que ele possa responder adequadamente aos desafios globais predominantes e apoiar as aspirações legítimas dos países emergentes e em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina”.

Os países do país também defenderam uma quota maior no FMI, além de uma maior participação acionária no Banco Mundial, como uma “ferramenta crucial para fortalecer o multilateralismo e aumentar a legitimidade do Grupo Banco Mundial como uma instituição financeira para o desenvolvimento melhor, maior e mais eficaz”.

Pela primeira vez foi mencionado o reconhecimento da Inteligência Artificial (IA) como ator na governança global. Desta maneira, os países defendem que ela pode ser “uma oportunidade singular para impulsionar o desenvolvimento rumo a um futuro mais próspero” e para alcançar este objetivo, seu uso deve ser feito objetivando a mitigação riscos e atendendo às necessidades dos Países em Desenvolvimento.

A inteligência Artificial tem sido uma ferramenta intrínseca para o desenvolvimento tecnológico nos últimos anos e o BRICS não apenas endorsa seu uso, mas como também defende que ela deve regulamentada para que seja possível fazer um uso proveitoso desse poderoso artifício em prol do desenvolvimento dos países do Sul Global.

A Declaração também repudia os ataques direcionados ao Irã – um dos membros do BRICS –  mas sem criticar o envolvimento do governo estadunidense ou o conflito israelense de forma direta. Além dos ataques ao Irã, a Cúpula também criticou os ataques direcionados à Rússia – outro membro do agrupamento – sem citar os ataques à Ucrânia.

Ademais, os membros do BRICS também já se preparando para a COP30 – que ocorrerá em novembro deste ano em Belém do Pará – afirmaram a intenção de lançar do “Fundo Florestas Tropicais para Sempre” (TFFF) o reconhecendo como “um mecanismo inovador concebido para mobilizar financiamento de longo prazo, baseado em resultados, para a conservação de florestas tropicais”.

Esta última Cúpula salientou a necessidade de ampliar o diálogo entre os governos do BRICS e a sociedade civil, a cooperação dos novos membros na expansão do agrupamento além de apoiar a Índia como próximo país a presidir a cúpula. A Declaração deste ano reafirma a necessidade de um diálogo global maior a ser feito com e entre os Países em Desenvolvimento e Mercados Emergentes, afim de otimizar a participação dos PMDEs na governança global.

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Imagem: Ueslei Marcelino | BRICS Brasil © BRICS 2025