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Conheça Luigi Mangione, suspeito de assassinar CEO
Jovem foi apontado pela polícia como suspeito de assassinar CEO da United Health Care. ler
Nesta segunda-feira (9), a polícia apontou Luigi Mangione como suspeito por assassinar o CEO (diretor executivo) de uma das maiores provedoras de planos de saúde dos Estados Unidos, a United Health Care.
O ataque e a fuga
O executivo Brian Thompson foi morto a tiros na manhã do dia 04/12, no lado de fora do Hotel Hilton, localizado em Midtown Manhattan.
O crime ocorreu numa área movimentada, à luz do dia, e o assassino teria deixado o local sem nenhum bem pertencente à vítima. Por isso, a polícia acreditou se tratar de um crime premeditado.
De acordo com imagens de segurança, o criminoso teria deixado o local do crime a pé, e estaria usando uma máscara facial preta e um casaco creme ou marrom.
Além disso, as imagens parecem mostrar que o assassino teria utilizado um supressor, popularmente conhecido como silenciador, na arma do crime.
A investigação
A investigação se concentrou primeiramente na tentativa de identificação do suspeito.
Fontes indicavam que o suspeito usou uma identidade falsa para se hospedar em um albergue e que viajou de ônibus de Atlanta para Nova York antes do crime.
Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito em um Starbucks próximo ao local do crime, minutos antes do ataque. Ele usava a máscara, mas parte do rosto estava visível, o que permitiu o uso de software de reconhecimento facial, na tentativa de identificá-lo.
Na segunda-feira (9), Luigi Mangione, de 26 anos, foi apontado como suspeito do assassinato de Brian Thompson pela polícia.
Mangione foi preso em um McDonald’s em Altoona, Pensilvânia, após ser reconhecido por um funcionário como possível suspeito do crime. Ele foi detido por porte ilegal de arma de fogo e uso de documentos falsos.
Na mochila de Mangione, a polícia teria encontrado uma pistola 3D com silenciador, identidades falsas (incluindo uma usada no check-in de um albergue em NYC) e um manifesto de três páginas criticando o sistema de saúde dos EUA, revelando possíveis motivações para o crime.
As autoridades da Pensilvânia disseram que no momento da prisão, Mangione usava máscara e gorro, estava com um laptop e apresentou um documento falso.
Além disso, a arma, bem como as roupas e uma máscara encontradas com o suspeito, eram semelhantes às usadas pelo assassino, em informações divulgadas pela “CBS News” e “CNN US”.
Ao ser questionado pela polícia sobre estar em Nova York nos últimos dias, teria demonstrado nervosismo, ficando em silêncio e tremendo.
A promotoria do Condado de Blair afirmou que ele deve ser formalmente acusado do assassinato em breve. Após ser levado ao tribunal na noite de ontem, o jovem teve a fiança negada.
O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, elogiou o funcionário do McDonald’s por sua ação, chamando-o de “herói”.
Quem é Luigi Mangione?
Nascido em Maryland, o jovem teve uma trajetória acadêmica e profissional notável. Foi criado em uma família rica e de prestígio de Baltimore, conhecida pelos prósperos negócios.
Seu avô teria construído um império imobiliário no estado de Maryland, que incluía lares de idosos e clubes. Ele é primo do parlamentar estadual republicano Nino Mangione, segundo veículos de imprensa da região.
Mangione teve acesso a uma educação de elite. Ele frequentou uma prestigiada escola particular para meninos em Baltimore, onde foi o aluno com a maior média de sua turma e se destacou em esportes.
Se formou na Universidade da Pensilvânia, onde obteve diplomas de bacharel e mestre em ciência da computação. Durante seus anos acadêmicos, fundou um clube de desenvolvimento de videogames e foi reconhecido como membro de sociedades de honra acadêmica.
Segundo seu perfil no LinkedIn, Luigi seguiu carreira como engenheiro de software, com passagens por empresas como a TrueCar e estágios em desenvolvedoras de videogames.
Descrito por amigos como inteligente, ambicioso e amigável, Mangione sempre demonstrou interesse por tecnologia e autoaperfeiçoamento. No entanto, nos últimos anos, sinais de isolamento e mudança de comportamento surgiram.
Suas leituras e postagens em redes sociais indicavam reflexões filosóficas e críticas à sociedade moderna, com resenhas de livros como o manifesto do “Unabomber”.
Em avaliação do livro “A Sociedade Industrial e Seu Futuro”, de Ted Kaczynski, Mangione escreveu que o autor era um “indivíduo violento — preso corretamente — que feriu pessoas inocentes”, mas que suas previsões sobre a sociedade moderna eram “impossíveis de ignorar”. Ainda critica as grandes empresas que “não ligam para você, seus filhos ou seus netos”
Em 2022, Mangione mudou-se para o Havaí e passou a morar em um espaço de convivência em Honolulu, junto com R.J. Martin. O ex-colega de residência revelou à imprensa que Mangione enfrentava dificuldades físicas, e que presenciou, após participar de uma aula de surfe, Luigi sem conseguir se mover por dias.
“Foi realmente traumático e difícil, sabe, quando você está na casa dos 20 e poucos anos e não consegue fazer algumas coisas básicas” lembrou Martin.
Ele afirmou também que o colega frequentemente mencionava as dores nas costas, que o impediam de realizar atividades básicas do dia a dia e de se relacionar.
Após a prisão de Mangione, a família divulgou um comunicado pelas redes sociais de Nino Mangione, primo do suspeito, expressando choque e tristeza.
“Infelizmente não podemos comentar sobre as notícias recentes, apenas sabemos o que está na mídia”, afirma a nota “Nossa família está chocada e devastada pela prisão de Luigi. Oferecemos nossas orações à família de Brian Thompson e pedimos que as pessoas orem por todos os envolvidos.”
As supostas motivações do crime
Os relatos apontam que sua cirurgia e a maneira que sua família teria sido tratada pelo sistema de saúde privado dos Estados Unidos teriam sido sua maior motivação para a execução do crime.
Em documento manuscrito recuperado pela polícia durante a sua prisão, Luigi Mangione, teria escrito: “Esses parasitas mereceram” e “Peço desculpas por qualquer conflito e trauma, mas isso tinha que ser feito”, segundo um policial que o analisou.
Também teria confessado que agiu sozinho e se autofinanciou.
O chefe de detetives do NYPD, Joseph Kenny, afirmou à CNN US que o material sugere “má vontade em relação à América corporativa” e critica a indústria de assistência médica, sugerindo a violência como solução.
Um perfil no Goodreads, que parece pertencer a Luigi Mangione, indica que ele leu o manifesto anti tecnologia do Unabomber, Ted Kaczynski, e o descreveu como “impossível ignorar o quão prescientes muitas de suas previsões sobre a sociedade moderna se revelaram”.
Mangione escreveu que, apesar de considerar as ações de Kaczynski violentas e injustificáveis, via-o como “um revolucionário político extremo”.
Ele também mencionou pensamentos semelhantes encontrados em discussões no Reddit, citando que Kaczynski “teve a coragem de reconhecer que protestos pacíficos não nos levaram a lugar nenhum” e que a afirmação “a violência nunca resolveu nada” é uma declaração proferida por covardes e predadores, segundo Mangione.
Além disso, Mangione demonstrava interesse em temas relacionados à saúde mental, psicodélicos e dores crônicas, incluindo livros sobre tratamentos para problemas na coluna.
Durante as investigações, a polícia encontrou mensagens escritas nas cápsulas das balas encontradas no local do crime, segundo informou o portal americano USA Today. Em três delas, estavam escritas as palavras “deny” (negar), “defend” (defender) e “depose” (depor).
A imprensa americana especula que as palavras inscritas poderiam ser uma referência ao título de um livro do acadêmico Jay M. Feinman publicado em 2010, cujo título é Delay Deny Defend (em português “atrasar, negar, defender”), e o subtítulo é “Por que as companhias de seguros não estão pagando sinistros e o que pode ser feito a respeito.”
Assim, todos os relatos e evidências sugerem que a motivação do crime foi um posicionamento político contra o sistema de saúde privado dos EUA.
Repercussão na mídia
O caso repercutiu rapidamente, e Luigi Mangione se tornou o assunto mais comentado das redes sociais na última segunda-feira.
O caso dividiu a opinião popular, fazendo com que Luigi ganhasse uma legião de “fãs” e diversos memes fossem postados a seu favor, sendo ovacionado pelos internautas por sua “coragem” e “heroísmo”. Porém, outros lembraram que Luigi se tratava de um assassino a sangue frio.
A maioria dos memes fazia referência ao personagem homônimo de “Mario Bros”. Além disso, alguns diziam que o jovem seria “muito atraente”. Luigi também ganhou alguns perfis de “Update”, comuns para noticiar acontecimentos da vida de famosos, os perfis vêm postando notícias sobre as investigações, além de resgatar postagens e fotos antigas de Luigi que já estavam em redes sociais.
Nos Estados Unidos, Luigi ganhou um concurso de “lookalikes” (ou sósias, em português). Esse tipo de evento se tornou febre recentemente nas redes sociais, reunindo competidores que seriam “cópias” muito parecidas de famosos.
O perfil no X (antigo Twitter) de Luigi exibia uma imagem de fundo de um raio-X de coluna com pinos cirúrgicos, um personagem do desenho Pokémon e uma foto sua. Por conta da escolha das fotos, alguns internautas começaram a especular que a imagem poderia ser uma referência à motivação do crime.
Em teorias da conspiração, descobriram que o perfil possui 286 postagens feitas, o mesmo que o número de “pokédex” (que recebem os personagens de Pokémon), e, também, o código utilizado pelos planos de saúde norte-americanos para negar tratamento, o chamado “denial code”.
O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, disse durante uma entrevista coletiva na segunda-feira à noite, após a audiência de Mangione no tribunal, que o jovem, “não é um herói”. E completou: “Na América, não matamos pessoas a sangue frio para resolver diferenças políticas ou expressar um ponto de vista”
O caso ainda não foi encerrado e continua a ser investigado pelas autoridades americanas. Luigi será ouvido em audiência no Tribunal.
Redatora: Isabela Campanhã da Silva
Revisora: Luísa Guena
Reprodução de Imagem: perfil do “X”