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Como a globalização reorganizou as cadeias produtivas mundiais
Do Labubu ao Google Veo 3 ler
A globalização transformou radicalmente a produção de bens de consumo, como brinquedos. O Labubu, uma popular figura do universo vinyl art toys, ilustra esse fenômeno: projetado por artistas em Hong Kong, fabricado na China com plástico vietnamita, pintado na Indonésia e distribuído por plataformas globais como a Amazon. Essa cadeia fragmentada só é possível devido a acordos comerciais, logística avançada e mão de obra barata em países emergentes. Enquanto nos anos 1990 uma fábrica ocidental produzia um brinquedo do início ao fim, hoje cada etapa é terceirizada para onde os custos são menores. Isso reduziu preços, mas também criou dependência de poucos polos industriais – como a China, responsável por 80% dos brinquedos globais.
Dispositivos como o Google Veo (IA de vídeo) dependem de uma teia global de semicondutores. Seus chips são desenhados nos EUA, mas fabricados em Taiwan (TSMC), com lítio de baterias chilenas, metais raros do Congo e montagem final no México. A globalização permitiu essa especialização, mas também gerou vulnerabilidades – como a crise de chips pós-pandemia, que paralisou indústrias. Países agora correm para “reshoring”, com EUA e Europa investindo bilhões em fábricas locais, enquanto a China acelera sua autossuficiência tecnológica. A cadeia produtiva, antes hiperglobalizada, agora busca equilíbrio entre eficiência e segurança nacional.
O Google Veo representa outra face da globalização: a desmaterialização da produção. Diferente do Labubu, que viaja em contêineres, essa IA é desenvolvida por engenheiros remotos (de Mountain View a Bangalore), treinada em dados globais e acessível instantaneamente em qualquer lugar. Plataformas como AWS e GitHub permitem que startups concorram com gigantes, usando infraestrutura cloud distribuída. Porém, isso também concentra poder em poucas empresas tech: Google, Microsoft e Meta controlam 80% do mercado de IA. Enquanto a manufatura se espalhava, o digital se centralizou.Empresas como Maersk e Alibaba criaram redes que tornam cadeias globais viáveis. Um Labubu pode sair de Shenzhen para Miami em 48 horas graças a portos automatizados e rotas otimizadas por IA. Já o Google Veo depende de cabos submarinos (como o Grace Hopper, que liga EUA ao Reino Unido) para processar dados em tempo real. A globalização criou oligopólios logísticos – 10 empresas controlam 70% do transporte marítimo, e 3 clouds dominam a internet. Essa eficiência tem custo: greves ou ataques cibernéticos podem colapsar setores inteiros.
A globalização permitiu que ferramentas como o Google Veo democratizassem a criação de vídeos hiper-realistas, mas também pavimentou o caminho para uma crise de autenticidade sem precedentes. Em poucos anos, vídeos falsos gerados por IA podem se tornar indistinguíveis de gravações reais, ameaçando desde eleições até o sistema judiciário. A mesma cadeia produtiva que distribui smartphones acessíveis – fabricados com componentes de 15 países – também espalha a infraestrutura para deepfakes: chips desenhados nos EUA, treinados com dados europeus e usados para criar desinformação em massa na África ou Ásia. Plataformas globais como Meta e TikTok, dependentes de anúncios automatizados, já lutam contra vídeos manipulados, mas a velocidade da IA supera a regulação. Enquanto isso, governos correm para criar “selos de autenticidade”, como a UE propõe com a Lei de IA, mas a natureza descentralizada da produção tecnológica torna a fiscalização quase impossível. A globalização, que prometia conexão, agora exporta riscos digitais sem fronteiras.
Revisor: Ana Rafaela Nascimento