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Professor Luciano Nakabashi analisou resultados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e destaca a participação do Estado do Ceará ler

26 de fevereiro de 2020 - 17:56

No Reflexão Econômica desta semana, o professor Luciano Nakabashi comenta os últimos resultados divulgados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Esses resultados são de 2017 e se referem às escolas públicas. Foram avaliados os alunos do 5º e do 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Segundo Nakabashi, de forma geral, houve uma melhora no desempenho dos alunos, especialmente nos primeiros anos do ensino fundamental, mas o desempenho cai nos anos finais do ensino fundamental e mais ainda no ensino médio.

Para o professor, os municípios e os Estados, que são responsáveis por boa parte dessas escolas, não conseguem manter a mesma qualidade dos anos iniciais do ensino fundamental. “É preciso identificar o que foi feito no início do ensino fundamental e replicar isso, principalmente para os alunos mais à frente, para que tenham condições de ingressar na universidade em condições de igualdade.”

Ao analisar as unidades federativas, o professor diz que existe um padrão muito claro de desempenho, sobretudo nos anos iniciais do ensino fundamental. “Quando se pega a média de desempenho dos municípios, a do Estado de São Paulo é a mais alta, seguida por Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Ceará. O Ceará é o melhor do Norte e Nordeste, um caso de sucesso, porque vem melhorando muito mais do que os outros Estados no desempenho dessa prova.”

Na análise do ensino médio, o professor encontrou os Estados do Espírito Santo, Goiás, São Paulo, Pernambuco, Rondônia e, de novo, aparece o Ceará. “Ceará aparece bem nos três níveis de ensino, um Estado que gasta relativamente menos que o Estado de São Paulo nas escolas públicas e saiu lá de trás, pois não era diferente dos demais Estados, e começou a se destacar muito forte ao longo do tempo.”

O professor finaliza, alertando que o Brasil deve olhar o caso do Ceará, pois o País tem que melhorar muito no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. “Isso será fundamental para dar capacitação suficiente para os alunos ingressarem na universidade ou no mercado de trabalho.”

Fonte: A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar toda quarta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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