Em setembro de 2024, a Netflix lançou a segunda temporada da série Monstros, criada por Ryan Murphy. A produção, que na primeira temporada retratou o caso de Jeffrey Dahmer, voltou às telas com o polêmico caso dos irmãos Menendez. Filhos de José e Kitty Menendez — ele, um executivo influente do entretenimento nos anos 1980 , os irmãos Lyle e Erik foram condenados à prisão perpétua em 1996 pelo assassinato brutal dos pais, ocorrido em 1989, na residência da família, com o uso de espingardas.

Durante o julgamento, os irmãos alegaram ter sofrido abusos por parte do pai. Segundo o relato da defesa, a mãe tinha conhecimento dos abusos e foi omissa, o que teria contribuído para a motivação do crime. Apesar de condenados à prisão perpétua, os irmãos permaneceram separados em unidades prisionais distintas por 22 anos. Somente em 2018 se reencontraram, após a transferência de Lyle para o presídio R.J. Donovan Correctional Facility, na Califórnia, onde Erik já cumpria pena.

A série da Netflix

A repercussão do caso, que nunca deixou completamente o imaginário público, ganhou novo fôlego com a estreia da série Monstros: Irmãos Menendez. O lançamento reacendeu debates nas redes sociais e levou o caso novamente ao centro da atenção midiática. No entanto, a produção foi duramente criticada por familiares. Segundo eles, a narrativa apresentada distorce fatos e propaga inverdades.

Erik Menendez e pessoas próximas afirmam que a série é repleta de elementos anacrônicos e afirmações falsas. A esposa de Lyle chegou a publicar uma declaração do próprio detento em suas redes sociais, em que ele acusa a obra de manipulação:

“Criar uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e flagrantes (…) Só posso acreditar que isso foi feito de propósito”

Em resposta às críticas, o criador da série, Ryan Murphy, defendeu o impacto positivo da obra. Em entrevista ao Hollywood Reporter, afirmou:

“Sei com certeza que muitas pessoas se ofereceram para ajudá-los por causa do interesse gerado pela minha série e pelo que fizemos.”

Redução da pena e possível liberdade condicional

Nesta terça-feira (13), o juiz Michel Jesic, do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, oficializou a redução da pena dos irmãos Menendez, após 35 anos de prisão. A sentença, antes de prisão perpétua, foi alterada para 50 anos. A decisão foi fundamentada na legislação da Califórnia, que permite reavaliar penas de indivíduos que cometeram crimes graves com menos de 26 anos de idade.

Os advogados de defesa já haviam iniciado o processo para a revisão da pena em outubro de 2024. No julgamento, familiares prestaram depoimentos favoráveis aos irmãos, destacando o bom comportamento e sinais de reabilitação durante o cumprimento da pena.

Com a nova sentença, Lyle e Erik Menendez agora podem solicitar formalmente a liberdade condicional. A audiência junto ao Conselho de Liberdade Condicional da Califórnia está marcada para o dia 13 de junho de 2025, e pode conceder um desfecho para o caso Menendez.

Revisão: Isabela Campanhã
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Luisa Guena Estudante de Relações Internacionais na Unesp - Marília, atualmente no 7° semestre. Possui experiência em jornalismo, gestão de pessoas, comunicação e organização. Redatora e revisora do jornal Marília do Bem, atuou como Diretora de Comunicações no Centro Acadêmico. Na Sage - Soluções Globais, contribui para a gestão de pessoas e o bem-estar da equipe. Atualmente, é Assistente Administrativa no Instituto Valquíria Arenas, trabalhando com marketing digital, organização de processos internos e suporte estratégico.