Ontem, 21 de abril, o ex-prefeito e ex-deputado estadual e federal Abelardo Camarinha realizou uma live (vídeo ao vivo) em rede social para responder outra live do atual prefeito Daniel Alonso realizada na última segunda-feira (20).

Camarinha iniciou sua transmissão lembrando que sempre defendeu o estado de direito, inclusive sendo atuante nas campanhas pelas Diretas Já nos anos 1980.

Reafirmou críticas ao comitê de crise para o combate ao novo coronavírus sem paridade política e sócio-econômica, onde “milionários” da cidade decidem sobre os rumos da sociedade.

Solicitou ao prefeito incorporar no comitê indivíduos representativos dos bairros, dos pequenos comércios, dos prestadores de serviço, etc, das pessoas que efetivamente representam a opinião de Marília.

Exigiu ainda que o prefeito reabrisse o comércio de maneira gradual para que as pessoas pudessem ter renda de sobrevivência. Garantiu que o STF (Supremo Tribunal Federal) deu autonomia para que os prefeitos assim procedessem, mas que o prefeito Daniel Alonso não entende de lei, muito menos teria coragem de confrontar o governador João Dória.

Camarinha salientou também que o atual prefeito Daniel Alonso, ao invés de cuidar da cidade, tem a prática de comprar “bate pau” da imprensa com dinheiro do povo para esconder a realidade municipal e fazer críticas contra ele.

Disse que o principal site de notícias seria o Marília Notícias que tem como editor o jornalista Gabriel Tedde. Camarinha classificou Tedde como “vendido”, “Judas”, “Gabriel do Mal”, “pó de arroz”, “filhinho de papai”, “velhaco”, “gente de terceira”.

O motivo seria o suposto fato dele receber recursos públicos para omitir a realidade da administração pública local e criticar os adversários políticos do prefeito Daniel Alonso, principalmente o próprio Abelardo Camarinha.

Em seguida, Camarinha disse que o prefeito Daniel Alonso seria

“o maior caloteiro que a região já teve. Não tem na região oeste, da alta paulista uma pessoa que deve tanto”.

Segundo o ex-prefeito, em levantamento realizado por sua assessoria, com documentos em mãos, Daniel Alonso deve “na praça” um prêmio da mega sena acumulada: mais de R$ 65 milhões. As dívidas seriam para bancos, fornecedores, impostos municipais, estaduais e federais.

Na vida pública, também com documentos em mãos, Abelardo afirmou que há mais de 20 procedimentos iniciados de investigações contra mal feitos na prefeitura de Marília na gestão Alonso.

Lembrou episódios como a carne podre da merenda escolar, reforma de praça e do bosque municipal, pista de esportes, etc com suspeita de valores exacerbados, acima da prática de mercado.

Camarinha lamentou os ataques que o prefeito Daniel Alonso realizou a seu filho, ressaltou que não costuma ofender familiares nas disputas políticas, mas desafiou que Alonso explicasse um suposto “genro” em cargo comissionado e também a explicar porque o ex-genro teria deixado a cidade.

Por fim, Abelardo Camarinha aceitou o desafio de Daniel Alonso para uma live debate e solicitou hora e lugar. Ressaltou ainda que o debate que ele quer mesmo fazer com o prefeito é na eleição, nas ruas, nos bairros, nas emissoras de televisão e rádio, cara a cara.

A live completa pode ser vista aqui.

Sobre episódios como este, no fim de semana, o Bispo Dom Luiz Antonio Cipolini, da Diocese de Marília, recordou que muitos políticos que deveriam cuidar do bem comum estão brigando entre si. Segundo divulgado pela Diocese,

“existem interesses de esquerda, de direita, de partidos, empresários, banqueiros e religiões. São pessoas e grupos imediatistas que querem o poder para si, mas poucos querem o bem comum (…) É preciso pensar no Brasil, alargar os horizontes e fazer renúncias para o bem de toda a população”.