Segundo a apuração de uma reportagem do jornal israelense “Haaretz” nesta quarta-feira (12), o ex embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, enquanto atuava na embaixada do país entre 2017 e 2021 teria sido autor de crimes de assédio sexual. A vítima que não quis ter seu nome divulgado, teria pedido informações à embaixada para a aquisição de um visto para visitar um conhecido israelense. O ex embaixador, por sua vez, teria requisitado “favores” sexuais em troca.

A mulher alega que ao ter entrado em contato com Shelley que atualmente é diretor do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex embaixador teria pedido favores de “cunho sexual” em troca, marcando reuniões virtuais onde o mesmo se encontrava em ambientes inadequados e com vestimentas impróprias, como em uma das reuniões onde se encontrava deitado em sua cama e suado, segundo a mulher.

Além disso, o ex embaixador em diversas ocasiões teria oportunado a moça, sugerindo de forma excessiva encontros mais “casuais” entre os dois. Em uma das situações relatadas, Shelley teria dito a moça que apenas cederia as informações desejadas caso ela jantasse com ele em um restaurante em Brasília. O ex embaixador também teria passado seu telefone pessoal para contato com a moça, afirmando não ter permissão para utilizar seu contato profissional para tratar daqueles assuntos.

O ex embaixador por sua vez nega as acusações, afirmando serem tentativas de prejudicar o governo de Netanyahu.

*Com informações de G1