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Brasil é potência do futebol que não investe em ciência do esporte

Professor Santiago explica paradoxo vivido por futebol brasileiro e vislumbra novos horizontes para a ciência e a tecnologia ler

26 de abril de 2020 - 16:00

O Brasil é considerado uma potência do futebol mundial, mas não investe na mesma medida em pesquisa científica para o esporte, como fazem as grandes potências mundiais. Essa realidade paradoxal é comentada pelo professor Paulo Roberto Santiago na coluna Ciência e Esporte desta semana.

Países como Estados Unidos, China, Alemanha e Inglaterra se sagraram como potências pelos altos investimentos em pesquisas e em tecnologia. Muitos desses investimentos são públicos, lembra Santiago, citando os que, destinados à inovação em períodos de guerra, foram depois transferidos para o meio comercial.

Para o professor, o caso do futebol brasileiro “é interessante e paradoxal”, já que o País é uma potência no futebol mas “não é um país conhecido pelo investimento pesado em pesquisa e ciência aplicadas ao futebol”. Uma explicação para esse paradoxo, segundo Santiago, se deve ao fato de muitos técnicos e jogadores brasileiros atuarem em outros países. “Eles vão para clubes que possuem um grande investimento nessa área, se capacitam e depois voltam, por exemplo, para a Seleção Brasileira.”

Como os horizontes científicos têm se alargado por conta da pandemia do novo coronavírus, o professor espera que esse olhar mude tanto o mercado fitness como, também, o do futebol, valorizando a ciência do esporte e o investimento em pesquisa e tecnologia.

Ouvintes podem sugerir temas ou enviar questões para as próximas edições da coluna por e-mail ou através de comentários no canal da coluna no YouTube. A única indicação é que a sugestão seja relacionada à ciência e esporte.

Fonte: A coluna Ciência e Esporte, com o professor Paulo Santiago, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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