O Brasil iniciou 2025 como presidente rotativo do BRICS, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, assumindo o papel estratégico de liderar a agenda do bloco em um momento de mudanças e desafios no cenário internacional. Sob a presidência brasileira, espera-se que o grupo intensifique esforços para fortalecer a cooperação econômica, a integração financeira e a defesa de uma governança global mais inclusiva.

Desdolarização e fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento

Sob a presidência brasileira, o BRICS deverá priorizar o avanço na desdolarização das relações comerciais entre seus membros, incentivando o uso de moedas locais como alternativa ao dólar. Além disso, o Brasil pretende ampliar o alcance do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o banco do BRICS, com foco em financiar projetos de infraestrutura e sustentabilidade nos países membros e em nações emergentes parceiras.

Ampliação do bloco e influência global

Outro tema de destaque será a ampliação do BRICS, após a recente inclusão de novos países. O Brasil terá a responsabilidade de liderar discussões sobre os critérios de adesão e os impactos dessa expansão na dinâmica do grupo. Essa pauta é vista como essencial para reforçar o papel do bloco como uma plataforma de influência global e como um contraponto às potências tradicionais.

Amazônia e a liderança ambiental brasileira

A questão ambiental também será central na agenda brasileira, com a Amazônia ocupando um lugar de destaque nas discussões sobre mudanças climáticas e preservação ambiental. O governo brasileiro planeja propor parcerias e iniciativas que combinem desenvolvimento sustentável com conservação da biodiversidade, utilizando a Cúpula do BRICS como um espaço para mobilizar apoio internacional para essas causas.

A Cúpula de 2025 

A Cúpula de 2025, marcada para o segundo semestre no Rio de Janeiro, será um dos momentos mais importantes da presidência brasileira. O evento reunirá líderes dos cinco membros do BRICS e de países convidados, com o objetivo de definir estratégias para enfrentar os desafios globais e fortalecer a cooperação entre os membros. Entre os temas que devem ser discutidos na cúpula estão a promoção de projetos conjuntos de infraestrutura e inovação tecnológica, estratégias de segurança alimentar e o fortalecimento de mecanismos de financiamento sustentável.

Redação: Guilherme Silva Domingues

Revisão: Ruan Cezar Barbosa

Imagem: Ricardo Stuckert/PR