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COVID-19

Bolsonaro troca acusações com Doria em reunião sobre coronavírus

Governador lamentava pronunciamento do presidente; Bolsonaro afirmou que Doria 'não é exemplo para ninguém' ler

25 de março de 2020 - 12:44

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), trocaram acusações nesta quarta-feira, 25 de março, durante uma videoconferência com governadores da região Sudeste para discutir sobre o combate ao coronavírus.

Bolsonaro tem realizado reuniões à distância com governadores das cinco regiões do país. Na segunda-feira (23), falou com mandatários do Norte e do Nordeste. Na terça (24), com os do Sul e do Centro Oeste.

Durante a reunião desta quarta, Dória disse que Bolsonaro deveria dar um exemplo de líder durante a crise e lamentou o pronunciamento desta terça em cadeia nacional, no qual o presidente criticou medidas de isolamento para evitar o avanço do vírus, ao contrário do que determinam as autoridades sanitárias.

“Na condição de cidadão, de brasileiro, e também de governador, início lamentando os termos do seu pronunciamento à nação. O senhor como presidente da República tem que dar o exemplo. Tem que ser mandatário para comandar, para dirigir, liderar o país, e não para dividir”, afirmou o governador.

Bolsonaro, na resposta, disse que Dória “apoderou-se” do seu nome para se eleger governador e que depois “virou as costas”, passando a atacar o governo federal.

“Subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente da República. Não tem responsabilidade. Não tem altura para criticar o governo federal, que fez completamente diferente o que outros fizeram no passado. Vossa excelência não é exemplo para ninguém”, declarou.

Em outro momento da conversa, Doria disse que manteve divisas do estado, estradas e aeroportos abertos, bem como fábricas, que seguem as orientações sanitárias determinadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde.

“Nós estamos preocupados com a vida de brasileiros dos nossos estados, preservando também empregos e o mínimo necessário para que a economia possa se manter ativa”, declarou.

Depois de finalizar sua fala, Bolsonaro passou a palavra ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que, segundo ele, também teria sido atacado pelo governador de São Paulo. O ministro pediu calma e equilíbrio.

“Volto a repetir, no momento onde se tem uma crise dessa proporção a primeira palavra que a gente precisa ter é clama e equilíbrio”, afirmou Mandetta.

Entidades condenaram pronunciamento de Bolsonaro

Entidades de médicos e outros profissionais de saúde condenaram o pronunciamento, na noite desta terça-feira (24), do presidente Jair Bolsonaro sobre a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Na fala, veiculada em rede nacional, o presidente chamou a doença de “resfriadinho”, contrariou especialistas e pediu o fim do “confinamento em massa”. Ele também fez um apelo pela “volta à normalidade” e culpou a imprensa por “espalhar pavor”.

 

O Conselho Nacional de Saúde considerou que o pronunciamento do presidente “coloca em risco a vida de milhares de pessoas” e que é “uma afronta grave à Saúde e à vida da população. Sua fala prejudica todo o esforço nacional para que o SUS (Sistema Único de Saúde) não entre em colapso diante do cenário emergencial que vivemos na atualidade”, avaliou a entidade.

A Sociedade Brasileira de Infectologia se disse preocupada com a fala de Bolsonaro, e considerou que as declarações podem dar a falsa impressão de que as medidas de contenção social são inadequadas. Os infectologistas classificaram a pandemia como “grave”, e disseram que é temerário associar que as cerca de 800 mortes por dia causadas pela doença na Itália, a maioria entre idosos, esteja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu.

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva considerou “intolerável e irresponsável” o que chamou de “discurso da morte” do presidente Jair Bolsonaro. A entidade afirmou que, em sua fala, que classificou como “incoerente e criminosa”, o presidente “nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia da COVID-19 em todo o mundo, desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde.”

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia disse que qualquer medida que abrande o isolamento da população será “extremante prejudicial” para o combate à Covid-19.

A Associação Paulista de Medicina afirmou que, “se a intenção foi acalmar, a reação da sociedade mostra que ele [Bolsonaro] não alcançou seus objetivos. Você não traz esperança minimizando o problema, mas reforçando as soluções. Existe um perigo próximo, evidente, real e gravíssimo. Enfrentá-lo é prioritário.”

A Associação Brasileira de Climatério afirmou que, apesar dos impactos socioeconômicos, “até o momento, o afastamento social está entre as medidas mais eficientes no combate à propagação do COVID-19, de acordo, inclusive, com autoridades de saúde internacionais”. A entidade reúne médicos dedicados à assistência da mulher em transição – chamada de climatério – entre o período fértil e o não fértil.

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo disse, em nota, que “vê com extrema preocupação” o pronunciamento de Bolsonaro. “O isolamento é uma das medidas mais eficientes para combater a propagação de COVID-19 até o presente momento. Desta forma, a SOGESP reitera a importância de se seguir as determinações das autoridades de saúde, no sentido de se evitar ao máximo os contatos sociais”, pediu a entidade.

A Sociedade Brasileira de Mastologia também viu “com preocupação” as declarações do presidente, afirmando que elas vão “na contramão de todas as orientações passadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia, que recomendam o isolamento social como forma de conter a disseminação do novo vírus”. A entidade afirmou que “continuará recomendando a toda população brasileira, inclusive as mulheres acometidas neste momento pelo câncer de mama e em tratamento como sessões de quimioterapia e radioterapia, para que fiquem em confinamento domiciliar”.

Em comunicado conjunto, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica pediram que “todos aqueles que podem manter-se em isolamento devem fazê-lo”, pois estão, dessa forma, protegendo a vida de pacientes que têm o sistema imune comprometido – como aqueles que aguardam ou passaram por um transplante de medula óssea ou, ainda, aqueles em tratamento para câncer.

A Associação Médica Brasileira elogiou a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia, e frisou que “constitui erro capital, nas crises, sustentar opiniões ou posições que perderam a validade em decorrência da evolução dos fatos”.

Em vídeo, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, Alexandre Ferreira Oliveira, também apoiou as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde e disse que a entidade é favorável “ao isolamento responsável das pessoas” e à “não interrupção dos tratamentos oncológicos em prejuízo aos pacientes”. Oliveira concluiu dizendo que “dentro disso tudo, é muito importante a proteção às equipes de linhas de frente que estão atendendo esses pacientes. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica apoia qualquer medida de preservação à vida.”

Também em vídeo, o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado, se disse “perplexo e preocupado” com o pronunciamento de Bolsonaro. “O discurso é carregado de política, e sem nenhuma preocupação com a prevenção sobre o coronavírus”, afirmou, antes de elogiar o trabalho do Ministério da Saúde. “É inaceitável, neste instante, que venha a maior liderança do país dizer à população que não se preocupe com as orientações do Ministério da Saúde”, disse.

A Sociedade Brasileira de Imunizações também chamou de “temerário” o discurso proferido por Bolsonaro. “Ao pregar o fim do isolamento social como estratégia de resposta à pandemia de COVID-19, o presidente contraria todas as evidências científicas. Vai de encontro, também, às próprias orientações do Ministério da Saúde, que vem trabalhando de forma correta e árdua diante desse grande desafio”, afirmou a entidade em nota.

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia reiterou a importância do isolamento para combater a disseminação do vírus. “As orientações e cuidados a serem tomados diante da pandemia do novo coronavírus são aquelas emanadas pelo Ministério da Saúde”, afirmou a entidade. “Dessa forma, por mais respeito que tenhamos pela figura do chefe do Executivo, o cerne do combate à pandemia é e continuará sendo a tentativa desesperada de se evitar o crescimento exponencial da doença”.

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