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Bolsonarista filmado ao destruir vidraça do STF está em lista da AGU

Valor do prejuízo do vandalismo foi calculado em R$ 20,7 milhões ler

14 de fevereiro de 2023 - 06:32

O bolsonarista de Ourinhos (SP) que foi filmado enquanto destruía uma vidraça no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), está na lista da Advocacia-Geral da União (AGU) que pede à Justiça o ressarcimento de R$ 20,7 milhões devido aos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro.

Segundo a AGU, a ação envolve pessoas que participaram e empresas que financiaram os atos criminosos. Estão na lista 54 pessoas, uma associação, um sindicato e três empresas.

O valor do prejuízo foi calculado a partir de dados apresentados pelo STF, Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal, que foram alvos dos bolsonaristas radicais.

O homem, identificado como Nelson Eufrosino, foi gravado pedindo várias vezes para que o filmassem dentro do STF: “Me filma aqui, por favor, eu vou quebrar um, pode entrar, não tem mais ninguém” (assista acima).

Na sequência, ele pega um pedaço da estrutura do próprio STF e começa a bater contra o vidro. Ao fundo, é possível ver que o local está completamente destruído com vazamento de água no teto.

Bolsonarista de Ourinhos aparece em vídeo pedindo para gravá-lo enquanto destrói vidraça do STF — Foto: Arquivo pessoal

Bolsonarista de Ourinhos aparece em vídeo pedindo para gravá-lo enquanto destrói vidraça do STF — Foto: Arquivo pessoal

Do centro-oeste paulista, além do morador de Ourinhos, mais quatro pessoas constam na lista na AGU: Márcio Vinicius Carvalho Coelho, de Marília (SP), Marlon Diego de Oliveira, de Tupã (SP), Nelma Barros Braga Perovani, de Piratininga (SP), e José Marcolino Ramos, de Lins (SP).

O g1 entrou em contato com o advogado de Márcio Vinícius Carvalho Coelho, que disse que ele não está envolvido nos atos de vandalismo. A defesa alegou que, nos dias dos ataques, Márcio estava em Marília. Disse ainda que aguarda ser notificada, e que Márcio foi citado sem haver prova ou algo semelhante. O g1 não conseguiu contato com os outros nomes citados na ação até o fechamento desta reportagem.

No mês passado, cinco moradores da região estavam na lista da AGU que pedia à Justiça o bloqueio de R$ 6,5 milhões de financiadores dos atos golpistas.

A nova ação é o primeiro pedido de condenação definitiva após investigação dos atos golpistas. Ao todo, o órgão já acionou 178 pessoas na Justiça.

Candidatos em eleições

Marlon Diego (esquerda) e José Marcolino (direita) já foram candidatos em eleições no passado — Foto: TSE/Divulgação

Dois dos cinco nomes do centro-oeste paulista mencionados na lista da AGU já foram candidatos em eleições no passado. O primeiro deles é Marlon Diego de Oliveira, que concorreu ao cargo de vereador em Tupã nas eleições municipais de 2020 pelo Progressistas (PP).

Há pouco mais de um ano, em fevereiro de 2022, a Prefeitura de Tupã ingressou com uma ação civil pública contra a empresa da qual Marlon é sócio por loteamento irregular de imóveis que, mais tarde, foram colocados à venda. À época, a Justiça determinou indenização pelos prejuízos causados ao meio ambiente e regularização dos loteamentos.

O outro nome é o de José Marcolino Ramos. Ele foi candidato a vereador em Lins nas eleições municipais de 2012 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). José consta no quadro societário de uma empresa de comércio de materiais elétricos com contabilidade avaliada em R$ 30 mil.

Fonte: G1 Bauru e Marília

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